Ministro sugere alta do preço mínimo do milho para estimular plantio

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, sugeriu nesta quarta-feira um aumento do preço mínimo do milho como parte das medidas para melhorar o abastecimento do produto, cujo mercado registrou cotações recordes neste ano em meio a uma escassez devido à quebra de safra e após exportações elevadas.

Segundo Maggi, o preço mínimo do milho deveria ser elevado para R$ 18,00 a saca de 60 kg, o que ajudaria o País a recompor os seus estoques, por meio de uma área maior de plantio. Em entrevista a jornalistas, ele afirmou que o valor se trata de uma sugestão.

Por meio da política de preço mínimo, o governo garante que os preços fiquem sustentados em patamares que cubram ao menos os custos de produção, em tese evitando baixas nas cotações que desestimulam os produtores, o que não é o caso atual.

Os valores do milho no mercado estão bastante acima dos preços mínimos estabelecidos nas políticas do governo, que variam entre R$ 13,56/saca em Mato Grosso e R$ 17,67/saca no Paraná.

A cotação do cereal no País, que atingiu recorde acima de R$ 50,00 a saca recentemente em algumas praças importantes como Campinas, agora está em torno de R$ 46,00, com a entrada da segunda da colheita da safra pressionando o mercado.

Maggi disse ainda, sem elaborar, que o governo vai criar condições para importações de milho, como parte do plano para elevar a oferta.

O governo anteriormente isentou de taxa uma cota de importação de 1 milhão de toneladas do milho de fora do MERCOSUL, mas questões relacionadas à falta de aprovações de transgênicos cultivados nos Estados Unidos estão limitando os negócios com o produto norte-americano.

Enquanto isso, o Brasil tem contado com o produto importado de países do MERCOSUL.

 

 

Fonte: Reuters

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