O comércio exterior ocupará grande parte da agenda da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nas próximas semanas. A primeira escala será em Brasília mesmo, em um jantar na quarta-feira com mais de 50 diplomatas do mundo árabe, e nas próximas semanas países asiáticos (a China entre eles) dominarão o roteiro.
Tanto com os árabes quanto com a China, a ordem é mostrar que o Brasil continua a ser um parceiro comercial confiável, apesar das derrapadas diplomáticas recentes.
Em países como Vietnã, Cingapura e Japão, que estão no tour asiático, o desafio será abrir mercados. No caso de Cingapura, o Brasil deve conseguir avanços ainda antes da visita da ministra. A expectativa é que o país asiático abra, ainda nesta semana, seu mercado para as exportações de gado vivo do Brasil.
“O Brasil precisa fazer valer o excedente de produção que tem. Precisamos ser ‘amigos’ de todos que querem comprar nossos produtos”, disse a ministra durante o Fórum de Agronegócio da Expo Londrina, evento que acontece esta semana no município paranaense.
Tereza também manifestou preocupação com a missão americana que virá visitar frigoríficos brasileiros. “A conversa nos EUA foi dura. Ele vão procurar pelo em ovo”, disse.
Ainda que não seja um mercado sem grandes volumes para a carne in natura brasileira, lembrou, o mercado americano é uma grife que ajuda a abrir portas em outros países, como o Japão, para onde o país também quer exportar o produto.
Valor Econômico