Mapa vai cancelar registro de unidades de dois frigoríficos investigados na operação Carne Fraca

O Ministério da Agricultura anunciou na quinta-feira (6) a abertura de processo para cancelar o registro, conhecido como SIF, de três unidades pertencentes a dois frigoríficos investigados na operação Carne Fraca. São eles: dois da Peccin (SIFs 825 e 2155), em Jaraguá do Sul (SC) e Curitiba (PR); e um da Central de Carnes (SIF 3796), em Colombo (PR).

Ao justificar a decisão do ministério de cancelar o registro dos frigoríficos, o secretário-executivo, Eumar Novacki, disse apenas que ela foi motivada pelo “histórico das empresas”. Segundo ele, com a suspensão do registro, eles não poderão mais funcionar.

O G1 questionou o ministério para ter mais detalhes sobre as razões para a decisão, mas não havia obtido resposta até a última atualização desta reportagem. O G1 tentou falar com a defesa da Peccin, mas as ligações não foram atendidas. Já a Central de Carnes Paranense informou que sua defesa deve se manifestar mais tarde sobre o assunto.

Os dois frigoríficos da Peccin são investigados pela Polícia Federal por utilização de carne estragada em salsicha e linguiça, utilização de carne mecanicamente separada acima do permitido, uso de aditivos acima do limite ou de aditivos proibidos. Já a Central Carnes é investigada por corrupção e injeção de produtos cárneos (água em excesso na carne de frango).

Além do cancelamento de registros, o ministério anunciou na quinta-feira o resultado da análise feita em amostras de carnes dos 21 frigoríficos investigados na Carne Fraca. Ela apontou a presença de bactéria em 8 das 302 amostras.

Fiscalização

Eumar Novacki afirmou que o governo fará uma força-tarefa de fiscalização, uma auditoria antecipada, nos estados de Pernambuco, Bahia, Tocantins, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Segundo o secretário, nesses estados haverá ainda rodízio dos fiscais agropecuários. “Não está descartada a troca de superintendentes”, afirmou Novacki. “O que queremos é que essa força-tarefa nos dê a situação real de como está funcionando a fiscalização nesses estados”, disse.

 

 

Fonte: G1

 

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