A manutenção da alta dos preços dos alimentos, das carnes até os itens da cesta básica, como óleo de soja e arroz, preocupa o Ministério da Agricultura.
Mesmo com a entrada de uma nova safra recorde de grãos, a avaliação da Pasta é que os produtos continuarão mais caros aos consumidores, acompanhando um movimento global de aumento das cotações e do câmbio.
A ministra Tereza Cristina afirmou hoje que trabalha para garantir o abastecimento interno, e que não vê perspectivas de alteração desse cenário no curto prazo.
“Vamos passar por esse período de preços mais altos, mas o que buscamos é o não desabastecimento, que os produtos fiquem aqui e que a população continue abastecida”, disse a ministra em entrevista a uma rádio de Mato Grosso do Sul. “Mas vamos ter aumento de preços, infelizmente”, acrescentou.
Tereza Cristina salientou que “estamos vivendo um momento muito difícil” de alta nos preços dos produtos agrícolas em nível mundial, influenciado pela alta do dólar e pelos efeitos da pandemia. “Mas isso é um período de acomodação, não é uma coisa que vai acontecer para sempre. Daqui a pouco esse mercado vai se acomodar”, disse.
A ministra também voltou a descartar qualquer movimento de controle das exportações. “O Brasil é autossuficiente, mas tem excesso de produção e precisa vender para criar equilíbrio, para que produtores não sofram reveses de preços”.
Ela disse ainda que o governo não tem muitas alternativas para combater a alta nos preços dos combustíveis. “É uma commodity. Não tem muito o que ser feito. Há medidas paliativas de retiradas de impostos, mas não são medidas que vão resolver o problema”.
Fonte: Valor
Equipe SNA