Milho: safra argentina terá redução drástica

Analistas estimam que a seca no coração do pampa argentino deve reduzir a safra de milho em 3.7 milhões de toneladas, em relação ao que foi inicialmente projetado para a colheita atual. A informação é da Reuters.

A Argentina, terceiro maior exportador de milho em nível mundial, foi afetada por um clima extremamente seco que atrasou o plantio de soja. O fato levantou temores de que alguns campos perderiam a janela de plantio, enquanto que o verão do Hemisfério Sul seca os rendimentos de milho em importantes áreas.

Os produtores da argentina têm somente uma semana para plantar soja e colher antes que cheguem as geadas em maio e junho. O país é também o terceiro maior fornecedor global de soja.

“O problema com o milho não é tanto a redução da área plantada como o efeito da seca na produtividade final”, disse Gustavo López, chefe da consultoria local Agritrend, que espera uma safra de 38.3 milhões de toneladas, abaixo das 42 milhões de toneladas previstas anteriormente.

López afirmou que o saldo exportável da Argentina será de 23.5 milhões de toneladas – abaixo do que se projetava antes da seca (27 milhões de toneladas).

A Argentina iniciou 2017 com um problema oposto. Muitas áreas estavam inundadas por chuvas excessivas, mas períodos estendidos de calor no ano secaram as áreas de soja e milho ao norte da província de Buenos Aires.

Na semana passada, a Bolsa de Comércio de Rosário reduziu a estimativa de produção de milho em 4%, para 39.9 milhões de toneladas. Os pampas tiveram chuvas durante a semana, mas a distribuição foi desigual, deixando muitas áreas ainda secas.

O analista da Bolsa de Rosário Cristian Russo afirmou que a produtividade de milho nesta temporada estará abaixo da média dos últimos três anos. “Nas áreas em que fomos menos afortunados em receber chuvas, a seca vai continuar”, disse.

 

Fonte: Agrolink

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