O mercado de milho do Mato Grosso, que produz sozinho mais do que o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná somados, continua a ser exceção no Brasil, com negócios prosseguindo a pleno vapor. Segundo a T&F Consultoria Agroeconômica, isso ocorre porque o MT precisa escoar num ritmo constante a sua produção, sob pena de desvalorizá-la.
“Se bem que os negócios spot desta quarta-feira foram considerados pequenos, apenas 20.000 toneladas. O volume negociado para entrega em agosto de 2019 foi muito bom: cerca de 100.000 toneladas. Tudo para exportação”, disse o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.
As indicações de preço nos portos, segundo o relatório da XP Agro, mostram que a saca para setembro/18 está cotada a R$ 43,00 em Santos e Paranaguá. A média captada pela XP Investimentos está em R$ 41,37/saca, praticamente estável. A soma dos “line ups” de todos os portos brasileiros para este mês ficou em 4.75 milhões de toneladas para a soja e 3.320 milhões de toneladas para o milho.
“De um lado ouvimos relatos de que o mercado de milho está travado e isso é verdade para uma parte do mercado – a do mercado interno, em que compradores e vendedores continuam se estudando, para ver quem cede primeiro”, disse Pacheco.
“Os vendedores aguardam nova retomada da demanda, enquanto os compradores, indústrias e granjeiros esperam que os vendedores desovem seus estoques (que estão se acumulando, sem as vendas), para financiar a produção de verão. Esta, porém, não é a visão dos vendedores que estão no MS e no MT”, acrescentou o analista.
Colheita da safrinha
A colheita de milho de inverno no Paraná avançou 7% em relação à semana anterior, atingindo 94% da área plantada da safra 2017/18 até ontem, segundo informação do Deral (Departamento de Economia Rural do PR) em seu levantamento semanal. Os trabalhos avançaram e agora estão no mesmo ritmo em relação a igual período do ano passado (94% colhido).
Fonte: Agrolink