No relatório de janeiro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aumentou em 0,4% a área de milho na safra de verão, em relação ao levantamento anterior, mas ainda assim a área é 9,2% menor na comparação com o ciclo passado. A produtividade média também foi revisada ligeiramente para cima (+ 0,1%), frente ao relatório anterior. Com isso, a produção estimada aumentou.
Produção
O Brasil deverá colher 25.17 milhões de toneladas, frente as 25.05 milhões de toneladas estimadas anteriormente para a primeira safra. As revisões foram em função do clima favorável em importantes regiões produtoras no Paraná, Sudeste e Centro-Oeste. Entretanto, é importante destacar que o volume previsto é 17,3% menor que o colhido na safra passada.
Para a segunda safra estão previstas 67.17 milhões de toneladas, em relação às 67.38 milhões de toneladas colhidas anteriormente. No total, o país deverá colher 92.35 milhões de toneladas em 2017/2018. Este volume é 5,6% menor ou representa 5.49 milhões de toneladas a menos, em relação a 2016/2017.
Mercado
A oferta aumentou, ao passo que a demanda está lenta. Com relação às exportações, por exemplo, na primeira semana de janeiro, os embarques somaram, em média, 105.100 toneladas por dia (MDIC). Na média até a segunda semana o volume aumentou, ficando em 165.040 toneladas por dia, mas ainda assim foi menor em relação a dezembro de 2017, quando foram exportadas, diariamente, em média, 199.700 toneladas.
Outro fator que colaborou com o relaxamento foi a revisão para cima da produção brasileira em 2017/2018. Além do cenário de preços frouxos no mercado físico, as cotações no mercado futuro caíram, com o clima favorável nesta reta final que antecede a colheita.
Por exemplo, na BM&F, os contratos futuros com vencimento em março/18, que chegaram a ser negociados acima de R$ 33,50 por saca em dezembro, fecharam cotados em R$ 31,87 por saca no dia 16/1. No curto e médio prazo, considerando clima favorável, a expectativa é de mercado frouxo, conforme avança a colheita da safra de verão.
A partir de meados de fevereiro para março, os preços dependerão do desenrolar da safra de inverno, não estando descartado um cenário de preços firmes. Revisões para baixo da produção poderão dar sustentação às cotações pontualmente, mas é bom lembrar que o estoque interno maior nesta temporada é um fator limitante para as altas de preços.
Fonte: Farming Brasil