Mesmo com produção recorde e pandemia, indicador do algodão sobe mais de 40% no ano

A produção e a exportação brasileiras de algodão em pluma foram recordes em 2020. Preços atraentes em anos anteriores deram sustentação à produção doméstica.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na temporada 2019/20, a produção brasileira de algodão foi de três milhões de toneladas, com aumento de 8% em relação à anterior e a quarta temporada consecutiva de avanço.

Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o recorde na produção foi resultado dos aumentos de 3% na área (1.67 milhão de hectares) e de 4,90% na produtividade (1.802 kg/ha) em relação à safra 2018/19.

Entre abril e maio, a paridade de exportação passou a operar acima das cotações internas, indicando a atratividade das vendas internacionais em detrimento das domésticas. E isso estava atrelado ao elevado patamar do dólar. Assim, agentes estiveram focados nas vendas externas.

No primeiro semestre, as exportações até foram limitadas pela paralisação das indústrias por conta da pandemia, mas a retomada de todo o setor no segundo semestre no Brasil e no mundo voltou a aquecer as vendas externas e deu o tom altista aos preços domésticos, que chegaram aos maiores patamares nominais da série histórica do Cepea.

De janeiro até a quarta semana de dezembro, o Brasil exportou 2.05 milhões de toneladas de pluma, 28% acima do volume de 2019 e um recorde. No mercado físico nacional, o Indicador do Algodão em Pluma Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, subiu 41,70% em 2020, fechando a R$ 3,8092/lp em 29 de dezembro.

 

Cepea

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp