Mesmo com buracos na BR-163 e chuva, soja chega ao Pará

O tráfego na BR-163 de caminhões de soja a caminho dos portos de Miritituba, no Pará, continua fluindo, apesar da chuva constante que cai na região. O Exército realiza operações de “siga e pare” em dois trechos ainda sem pavimentação, orientando os caminhoneiros a parar para dar direito de passagem aos que estão retornando. Segundo soldados, uma média de um caminhão por dia atola em um morro próximo a Moraes de Almeida. Eles são rebocados pelo próprio Exército.

Em 2017, o trecho mais problemático para o escoamento de soja foi na região conhecida como Caracol, já no trecho final de chegada a Miritituba. Filas quilométricas se formaram na ocasião, o que levou alguns caminhoneiros a abrir as carrocerias para soltar o grão na pista. O Valor percorreu nesta semana o mesmo trecho e verificou progressos na pavimentação, apenas um ou outro buraco grande reapareceu no asfalto.

O temor de transportadoras, caminhoneiros e das tradings que comercializam a matéria-prima, no entanto, é de que tanto os trechos não asfaltados quanto os já recuperados sofram deterioração.

Entre Castelo dos Sonhos e Novo Progresso, no território paraense, uma faixa de aproximadamente 100 quilômetros asfaltados está tomada de buracos por todos os lados. Não há opções para fugir deles. Para não danificar veículos, motoristas de caminhonetes devem reduzir a velocidade média para 35km/hora. Os caminhões de soja são obrigados a praticamente parar.

Além disso, há ainda muita chuva para cair neste verão amazônico e muita soja para subir do Centro-Oeste para os terminais do rio Tapajós.

A expectativa é que até o fim da safra 2017/18 sejam transportadas entre 10 milhões e 11 milhões de toneladas de grãos pelo rio paraense.

 

Fonte: Valor

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp