Mesa-redonda revela agronegócio brasileiro como destaque no campo da tokenização

Palestrantes Luís Felipe Lobianco (CVM), Ariel Scaliter (Agrotoken), João Paulo Aragão Pereira (Microsoft), Manuel Echanove Puig (Polygon) e Leonardo Alvarenga, CEO do SNASH – Foto: Raul Moreira

O SNASH – Hub de Startups da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) – promoveu na última quarta-feira (13) uma mesa-redonda sobre Tokenização de Ativos do Agro com Infraestrutura Multichain mediada por Ariel Scaliter, cofundador e diretor de tecnologia da Agrotoken, startup de referência mundial em tokenização de commodities agrícolas.

O evento também contou com a participação de João Paulo Aragão Pereira, Especialista de Tecnologia e Inovação Aplicada na Indústria de Serviços Financeiros na Microsoft LATAM; Luis Felipe Lobianco, Gerente de Securitização e Agronegócio na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e Manuel Echanove Puig, diretor de negócios da Polygon na América Latina.

O CEO do SNASH, Leonardo Alvarenga, fez a abertura do encontro e falou um pouco sobre como o Hub de startups da SNA vem impulsionando este mercado. “Somos um ecossistema de inovação com atuação nacional e internacional que visa promover a modernização e o fomento do setor do agronegócio brasileiro unindo agricultura e tecnologia. Estamos focados na geração de negócios e captação de investimentos para AgTechs, ClimaTechs, GreenTechs, FoodTechs e EduTechs e acompanhamos startups em várias fases de maturação”.

Tokenização

Ariel Scaliter (Agrotoken) – Foto: Raul Moreira

Os palestrantes falaram sobre como a utilização de tokens pode trazer segurança, transparência e podem agregar valor à toda cadeia.

Mas, afinal, o que é tokenização? Nada mais é que a transformação de ativos reais em ativos digitais inscritos em uma determinada rede blockchain, que é um mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações na rede de uma empresa. Segundo a Boston Consulting Group, este mercado mundial chegará a movimentar US$ 16 trilhões até 2030.

Para Ariel Scaliter, a Tokenização tem tudo a ver com confiança. “E o blockchain, tecnologia utilizada por nós, é de confiança. Quando falamos em token e blockchain fala-se que algoritmos são suficientes para demonstrar a confiança e o token é a representação criptográfica do ativo que queremos representar como grãos, bens imobiliários, dívidas ou outros tipos de negócios”.

Por que aderir?

Por que transformar um artigo real em outro digital? “Por ser uma transação mais simples, com custos reduzidos e que oferece mais transparência e segurança durante as negociações”, afirmou o cofundador da Agrotoken.

Preços

A Agrotoken teve que desenvolver uma metodologia para ter preços 24 horas por dia. “Fazemos a tomada dos três futuros preços de Chicago overnight para suavizar a curva de valores e nós podermos atender à variação do preço overnight caso baixe muito. “Se subir não tem problema, porque subimos também”, disse Ariel.

 Token e sustentabilidade

“Uma das principais deficiências que os programas de sustentabilidade enfrentam tem a ver com monetização; de como o produtor rural recebe dinheiro pelo esforço realizado para manter esta atividade. No final do dia, o produtor é quem assume todo o risco. Então, a tokenização permite colocar um atributo, que tem a ver com a sustentabilidade, no grau digital e dar uma noção de monetização para o produtor, possibilitando novos modelos de negócio, novas oportunidades para este agricultor e, por consequência, um maior incentivo para fazer um mundo cada vez mais sustentável”, ressaltou diretor de tecnologia da Agrotoken.

O Brasil e a tokenização

“Considero agronegócio do Brasil o número um no mundo em adesão aos tokens. Tem outros países também avançados como Singapura e algumas regiões dos Estados Unidos, mas para mim, hoje, a tokenização de artigos reais tem o Brasil como centro do mundo”, finalizou Ariel Scaliter.

Por Equipe SNA

 

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