A suinocultura brasileira se deparou com um início de ano complicado e os preços cederam de maneira agressiva. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, contudo, da segunda metade de janeiro em diante, o mercado reagiu e encerrou o mês com valorização para o quilo vivo. “A suinocultura vem se destoando das demais proteínas de origem animal, que permanecem bastante pressionadas, diante do bom volume das exportações” disse.
O levantamento de Safras & Mercado indicou que a média de preços pagos pelo suíno vivo na região centro-sul ficou em R$ 3,92 no encerramento de janeiro – um aumento de 2,71% em relação ao valor do final de dezembro do ano passado, de R$ 3,82. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no final de janeiro ficou em R$ 7,28 – recuo de 5,65% em relação ao valor registrado no encerramento de 2016, de R$ 7,71. Para a carcaça, o preço médio no final de janeiro ficou em R$ 6,28, com retração de 7,12% em relação ao valor de R$ 6,76 do final de dezembro.
Segundo Iglesias, para o curto prazo, a tendência é de que haja novos reajustes nos preços da carne suína, especialmente a partir da segunda quinzena de fevereiro, considerando o maior apelo ao consumo, o que abre a possibilidade de reajustes no atacado e no restante da cadeia.
Nas exportações, Iglesias ressalta que o desempenho em janeiro foi bastante positivo e tende a ser mantido nos próximos meses. Conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as vendas do produto in natura totalizaram 54.500 toneladas – volume 39,3% acima do registrado em janeiro de 2016, de 39.100 toneladas. Em receita cambial, as exportações chegaram a US$ 124.6 milhões, 76,2%, acima dos US$ 70.7 milhões obtidos no primeiro mês do ano passado. Em reais, com R$ 398.5 milhões, o crescimento comparativo atingiu 39%, frente aos R$ 286.6 milhões de janeiro passado.
A análise de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo encerrou o mês de janeiro cotada a R$ 84, abaixo dos R$ 85 praticados no fechamento de dezembro. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo recuou de R$ 3,15 para R$ 3,13. No interior, a cotação recuou de R$ 3,85 para R$ 3,80. Em Santa Catarina o preço do quilo subiu de R$ 3,25 para R$ 3,70 na integração. No interior catarinense, a cotação subiu de R$ 3,80 para R$ 4,00. No Paraná, o quilo vivo retrocedeu de R$ 4,05 para R$ 4 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo avançou de R$ 3,35 para R$ 3,95.
No Mato Grosso do Sul, a cotação subiu de R$ 3,10 para R$ 3,15 na integração, enquanto em Campo Grande o preço recuou de R$ 3,35 para R$ 3,25. Em Goiânia, o preço continuou em R$ 4,50. No interior de Minas Gerais, o quilo passou de R$ 4,55 para R$ 4,60 e, no mercado independente mineiro, de R$ 4,20 para R$ 4,90. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis registrou avanço de R$ 3,60 para R$ 3,68. Já na integração do estado, a cotação subiu de R$ 3,30 para R$ 3,40.
Fonte: Agência Safras