Menos milho não significa preço maior

A produção brasileira total de milho da safra 2017/18 deverá ter quebra de 5.5 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 5,6% do total, caindo de 97.84 milhões de toneladas da safra 2016/17 (recorde) para 92.35 milhões de toneladas (segunda maior safra da história).

Mesmo assim, os preços não deverão aumentar significativamente, estima a T&F Consultoria Agroeconômica. Isso porque esta quebra de 5.5 milhões de toneladas será quase toda compensada pelo aumento de 11.98 milhões de toneladas nos estoques iniciais, que passaram de 6.94 milhões de toneladas na safra 2016/17 para 18.93 milhões de toneladas na safra 2017/18.

Segundo a T&F, esse fator permitirá que os estoques finais da safra 2017/18 cresçam para 23.17 milhões de toneladas – recorde absoluto, significando 25,1% da safra, contra a média de 14,86% dos últimos cinco anos.

“Todos sabemos que estoques elevados significam preços baixos e esta é a tendência dos preços no Brasil, a menos que se promova a redução destes estoques, via aumentos nas exportações”, disse o analista Luiz Fernando Pacheco.

Queda no Paraná

Na primeira safra, houve redução de 35% na área plantada de milho no Paraná, que caiu de 513.627 hectares plantados no ano passado para 333.153 hectares plantados este ano. Com isso, o Departamento de Economia Rural (Deral) estima uma redução de 39% na produção, que cai de 4.92 milhões de toneladas para três milhões de toneladas, ou seja, 1.9 milhão de toneladas de milho a menos que serão colhidas.

Para safra 2017/2018, o Deral está trabalhando com a média de 9.000 kg/ha de produtividade. Essa média pode ser considerada elevada no estado e revela os ganhos conquistados ao longo das últimas safras. “Existem vários casos de produtores colhendo entre 15.000 e 16.000 quilos por hectare”, afirmou um técnico do Deral.

“De qualquer modo, esperam-se condições climáticas mais favoráveis para o início da colheita da primeira safra de milho, em fevereiro, o que poderá estancar possíveis perdas previstas para a cultura”.

 

Fonte: Agrolink

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp