Mato Grosso quer avançar na participação nacional de vendas de carne bovina

Mato Grosso, o Estado detentor do maior rebanho comercial do Brasil, quer aumentar a participação nas vendas internas e externas de carne bovina.

Para obter esse objetivo, criou o Imac (Instituto Mato-Grossense da Carne), uma ferramenta para elevar a qualidade da carne do Estado.

“O Imac é um instituto privado que não faz parte da administração estadual. O Estado, no entanto, é membro”, diz Luciano Vacari, presidente do Imac.

O instituto tem um conselho deliberativo com cinco cadeiras. Além do representante do Estado, ocupam os demais postos dois representantes dos produtores e dois do Sindifrio/MT.

“Há uma participação mínima do Estado, que serve como facilitador para o desenvolvimento do instituto”, diz Vacari.

Para que Mato Grosso obtenha uma carne de melhor qualidade, produtores e indústrias são submetidos a algumas exigências.

O animal tem de apresentar uma rastreabilidade do produtor ao consumidor. Além disso, o gado tem de ter saído de propriedades comprometidas com as legislações ambientais e trabalhistas, diz Vacari.

Um outro imperativo para a participação do produtor é que a sua fazenda deverá estar registrada no CAR (Cadastro Ambiental Rural).

Já o frigorífico que aderir ao Imac terá de admitir a pesagem do gado feita pelo instituto.

A pesagem é feita em quatro passos, com o animal vivo e individualmente. Em seguida é feita a pesagem após a evisceração e, em seguida, depois da limpeza da carcaça Ðquando se afere o peso para o pagamento ao produtor.

Finalmente é feita uma quarta pesagem nas mesmas condições da anterior. “Essa última pesagem é uma questão de segurança”, diz Vacari.

Dentro desse sistema, a balança do frigorífico será desativada, ficando a pesagem como responsabilidade do Imac.

O instituto, que guarda semelhanças ao Inac do Uruguai, já está em teste em um frigorífico Marfrig, em Tangará da Serra.

No futuro, a operação de pesagem vai gerar um arquivo, que poderá ser acessado pelo produtor.

O novo sistema vai permitir tanto à indústria como ao produtor ter um histórico dos abates e das condições de rendimentos, afirma Vacari.

 

 

Fonte: Folha de S.Paulo

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