Marcos Freitas: ‘Os portos são um componente-chave da agroindústria brasileira’

É preciso buscar alternativas que  aperfeiçoem a navegabilidade, aumentando a competitividade das atividades comerciais dos portos, salientou Marcos Freitas, coordenador do Coppe/UFRJ. Foto: Debora 70
É preciso buscar alternativas que aperfeiçoem a navegabilidade, elevando a competitividade das atividades comerciais dos portos, segundo Marcos Freitas, coordenador do Coppe. Foto: Debora 70

 

Em todo o mundo, o porto é o principal canal de escoamento da produção primária, agrícola ou industrial e também de produtos acabados. “Os portos são um componente-chave da agroindústria brasileira, mas o setor tem uma lacuna desde o encerramento das atividades da Portobras, no governo Collor”, afirmou Marcos Freitas, coordenador do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). Ele ministrou palestra, no dia 8 de novembro, durante o 14º Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), como participante do painel “Infraestrutura, Logística e Tecnologia da Informação – Transporte e Armazenagem”.

Na opinião do coordenador, o Brasil deve promover um processo de melhoria contínua dos portos, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico e ambiental do país, já que estes estabelecimentos são foco de grande atenção das políticas públicas. Como o porto tem um papel indutor de transformações territoriais em ampla escala, ressaltou Freitas, as atividades portuárias podem levar a vários conflitos de interesses, quando não são regulados de forma que atenda ao interesse público, incluindo a visão de longo prazo.

Segundo o coordenador do Coppe, alternativas que busquem aperfeiçoar a navegabilidade, o que consequentemente permite aumentar a competitividade das atividades comerciais dos portos, são processos estratégicos importantes e necessários para o contínuo melhoramento da competitividade do setor portuário no mercado nacional e internacional. “Se o porto for sustentável, tem mais facilidade de comercializar com portos externos”, observou.

Para Freitas, é necessário adotar práticas sustentáveis que preservem os recursos naturais, que reduzam os custos e promovam o desenvolvimento. Por isso, ele explicou o motivo de ter sido criado o Centro Internacional de Referência em Portos e Sustentabilidade (CIRPS). “A partir de unidades do gênero, é possível disseminar democraticamente os conhecimentos científicos e tecnológicos”, salientou.

 

Por equipe SNA/RJ

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