A cadeia logística do século 21 deve criar um círculo virtuoso baseado em conhecimento, inteligência, tecnologia e serviços. A observação é de Manuel Poppe Correia de Barros, coordenador do Núcleo de Tecnologia da Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL). Ele participou no dia 8 de novembro do terceiro painel – “Infraestrutura, Logística e Tecnologia da Informação – Transporte e Armazenagem” – do 14º Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).
A EPL tem como objetivo atuar na produção de informações, planos e projetos, no desenvolvimento de tecnologias e na estruturação e implementação de empreendimentos voltados para a eficiência logística e mobilidade para expansão, integração e modernização do sistemas de transportes
De acordo com Poppe, a cadeia logística do Brasil deve estar embasada em três segmentos: setor privado, formado por indústria, agropecuária, empresas ligadas à cadeia de transportes e logística, comércio, varejo e mobilidade urbana; setor público, composto pelo governo federal, estados, municípios, agências de fomento, entre outros; e setor acadêmico, formado pelas instituições de ensino e pesquisa,
Na opinião de Poppe, o Brasil enfrenta problemas de logística porque não existe no país um órgão integrador dos sistemas relacionados à cadeia; não há infraestrutura de conectividade na malha rodoviária e ferroviária brasileira; não existe base de dados consolidada e atualizada sobre o setor de transporte e logística; e não há dispositivos tecnológicos implantados para monitorar fluxos de carga.
Para o coordenador da EPL, é necessário possibilitar a geração de indicadores de desempenho da infraestrutura do setor de transportes, logística e mobilidade, visando a realização de estudos e de planos de investimentos para a expansão da cadeia logística, incluindo rodovias, ferrovias, portos e aeroportos de forma integrada.
Ainda é preciso conhecer a situação atual da logística nacional e dotar a EPL e o governo de ferramentas e inteligência capazes de prever e planejar os cenários futuros, permitindo a integração entre os diversos participantes do cenário de transportes e logística nacional. Por fim, para ele “é fundamental diminuir o ‘Custo Brasil’ e aumentar a competitividade do setor produtivo brasileiro”.
Por equipe SNA/RJ