Com margens apertadas no acumulado de 2017, investimentos na cultura de mamão foram desestimulados. Assim, as expectativas para 2018 são de novas reduções na área plantada com a fruta nas principais regiões produtoras do país, em 2017, a área cultivada com a fruta diminuiu significativamente.
Apesar das perspectivas iniciais positivas (devido aos elevados preços no ano passado), a área alocada à fruta teve redução de 9,7% frente à de 2016, somando apenas 12.470 hectares. O recuo tem ocorrido ano a ano, influenciado principalmente pela crise hídrica no semiárido brasileiro, onde está localizada a maior parte da mamocultura nacional.
Em 2017, contudo, a rentabilidade limitada em praticamente todos os meses também influenciou o cenário, tendo maior impacto sobre a área no segundo semestre. Em 2016, a seca afetou todas as regiões. Em 2017, no entanto, o regime de chuvas foi mais regular, mas ainda abaixo da média, não revertendo os problemas hídricos e desestimulando o plantio. Além desses fatores, a presença de viroses nos pomares, como meleira e mosaico, também dificultou a manutenção da mamocultura em 2017.
Segundo colaboradores do Hortifruti/CEPEA, o mosaico foi o principal responsável pela redução da área de mamão Havaí no litoral do Rio Grande do Norte. A presença de viroses também foi observada em outros estados (ES e BA), mas com maior controle. Dentre as praças acompanhadas, as maiores reduções de área foram observadas no Norte do Espírito Santo (- 15%), no Rio Grande do Norte (- 14%) e no Sul da Bahia (- 11%).
CEPEA