Lucratividade da soja não está baixa

Estaria circulado um comentário, atribuído ao Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), afirmando que os lucros da soja estão chegando perto do zero. Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, “deve ser um texto apócrifo, porque uma instituição tão séria e competente sabe que, neste ano, pelo menos, isto não é verdade”.

A T&F explica que seus quadros de acompanhamento da lucratividade do produtor brasileiro em todos os estados, baseados nos custos de instituições oficiais e de preços obtidos no mercado local, indicam que os lucros estão “ótimos”. “A concorrência é maior. O governo está cada vez mais ausente e os preços das commodities estão em queda em todo mundo, mas, neste ano, há lucros substanciais, se comparados com qualquer outro segmento da economia”.

“Passou a fase de abertura de áreas novas. Agora, o novo objetivo é administrar bem as terras conseguidas pelos nossos pais e avós, o que significa maior controle das receitas e das despesas e mais empenho no uso das novas técnicas de comercialização”, disse Pacheco.

Pelo acompanhamento diário feito pela T&F Consultoria Agroeconômica, os agricultores dos estados do Paraná e de São Paulo têm lucros com a soja acima de 40%. Isso, segundo eles, é um “sonho para qualquer investidor financeiro em qualquer lugar do mundo”. Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Maranhão tem lucros acima ou próximos de 30%.

Já os agricultores da Bahia e do Mato Grosso do Sul têm lucros de mais de 20%, sendo que os restantes estão entre 2% e 20%. “Mas todos tem lucro! E note-se que estamos falando de lucro real, líquido, depois de descontados todos os custos, não apenas os variáveis, como no trigo. Se forem tomados apenas os custos variáveis, como alguns agricultores costumam fazer, estes percentuais aumentam ainda mais”, afirmou Pacheco.

 

Fonte: Agrolink

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