Leite: políticas públicas e comprometimento são essenciais para avançar nas exportações

O segundo painel do 5º Fórum Itinerante do Leite – Os Caminhos para Exportação, realizado nesta terça-feira (21/11), em Frederico Westphalen, abordou os desafios para indústrias e produtores. “Um dos problemas é que não temos uma política nacional para o setor”, avalia o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini. Avançar rumo à exportação, segundo o dirigente, implica em uma equação que ajude a superar os desafios sem impacto social à atividade.

“Passamos por um processo de seleção dos produtores, mas também por um cenário de especialização”, disse o zootecnista Jaime Ries, assistente técnico da Emater, se referindo à redução do número de produtores na atividade. Em sua apresentação, Ries listou seis desafios para atingir a eficiência: incremento do mix de produtos para remunerar melhor o produtor; cooperação para abertura de novos mercados; melhoria da qualidade; produção com custo compatível; sanidade; e prestação de assistência técnica e gerencial para os produtores.

O supervisor do Senar Herton Lima, que participou do fórum representando a Farsul, relatou o caso de um produtor que em 2008 garantia 200 litros de leite por dia e que, em 2018, chegará a 1500 litros diários. Após contar a história, pontuou que o comprometimento do produtor e o envolvimento da família são alguns dos segredos para avançar. “Está na nossa mão esta transformação. Essa é a semente, é o princípio do caminho da exportação”, disse.

O presidente da Apil, Wlademir Dall’Bosco, questionou a competitividade frente aos menores custos de produção dos principais países produtores de lácteos. Um dos caminhos, aponta o dirigente, é a inovação por meio do investimento em tecnologia do processo produtivo, além da revisão das cargas tributárias que eleva os custos.
“Acreditamos que o caminho seja a exportação, mas não podemos ficar limitados a um único mercado. Para não correr o risco de ficar dependentes”, disse o presidente da Cotrifred, Elio Pacheco.

 

Fonte: Sindilat

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