Kátia Abreu assina convênios no Rio de Janeiro para ampliar classe média rural

A agricultura urbana, que a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, começa a implantar no Rio de Janeiro, é uma modalidade de educação ambiental e de cidadania que agrega ao espaço das metrópoles meios de torná-lo mais humano e produtivo. Seus efeitos benéficos e transformadores vão da segurança pública à produção alimentar, difundindo valores essenciais à preservação ambiental.

Consiste em aproveitar as áreas disponíveis para promover o plantio de espécies alimentares, medicinais, aromáticas e ornamentais. Envolve também a instalação de mini agroindústrias, criação de pequenos animais, estruturas para captação de águas das chuvas, criação de bancos de sementes, entre outras iniciativas.

Pequenos espaços – praças, condomínios, canteiros, jardins públicos – servem a essas ações, que resultam em transmissão de conhecimentos sobre agricultura, alimentação, ecologia e uso de plantas medicinais, além da integração humana e educativa que proporciona.

No campo da segurança pública, a agricultura urbana resgata a missão das colônias agrícolas, que não cumprem, ou o fazem precariamente, a função de tornar a agricultura o elemento de ressocialização. No Brasil, existem 28 colônias. O Ministério da Agricultura trabalha no levantamento e condições dessas penitenciárias, junto ao Ministério da Justiça. No Rio, a colônia agrícola situa-se em Magé.

Essas ações em grandes centros urbanos, como o Rio de Janeiro, convergem para o programa Classe Média no Campo, que visa a inserir os pequenos produtores, das classes D e E na faixa de renda e produtividade que o integra à classe média rural.

Agenda no Rio de Janeiro

No caso do Rio, em visita da ministra à cidade, foram assinados convênios com 10 prefeituras, em evento no Palácio Guanabara, com o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão. Esses convênios são a primeira etapa do processo com as prefeituras para o mapeamento de produtores rurais de cada um dos municípios, pelo critério de renda, produtividade e desenvolvimento.

Por um período de três anos, o Ministério da Agricultura repassa o valor de R$ 114.000,00 para cada prefeitura, em quatro parcelas, para cadastramento desses produtores e o monitoramento das famílias que vão participar e que receberão assistência técnica e qualificação profissional. A ministra Kátia Abreu costuma dizer que o pequeno produtor “compra mal e vende mal”, um binômio que o associativismo pode transformar, permitindo que a compra seja por menor preço a as vendas em maiores volumes.

A programação incluiu, ainda,  visita ao colégio Tim Lopes, em Nova Brasília, no complexo do Alemão, para avaliar as condições de implantação do programa de agricultura urbana naquela região da cidade. É o primeiro passo para a formação técnica de jovens e adultos sem ofício fixo, introduzindo a agricultura como elemento pacificador, conjugando esforços com o governo do Estado na humanização das favelas em associação com o trabalho da secretaria de Segurança Pública.

A ministra visitou também o Galpão Aplauso, uma Organização Não Governamental que tem por missão, desde 2004, promover a capacitação e inclusão de jovens entre 17 e 29 anos, de baixa renda, no mercado de trabalho já tendo beneficiado mais de 10.000 em 500 comunidades da região metropolitana do Rio de Janeiro.

A ministra esteve ainda em dois estabelecimentos da Cobal – do Leblon e Humaitá, este último em companhia do governador Luiz Fernando Pezão. Dar ofício a jovens, a partir da ampliação do alcance da Escola Nacional de Agropecuária (Enagro), recentemente inaugurada pela presidente Dilma Rousseff, é uma meta de médio prazo que completa esse processo.

 

 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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