Itaú BBA vê melhores margens para sucroenergéticas e maior produção em 2023/24

Imagem de Freepik

Superávit global para o mercado de açúcar 2023/24, aumento da produção de cana no Brasil, um cenário instável para o etanol e margens melhores para as usinas. Estes são alguns dos destaques do relatório “Visão Agro Safra 2023/24”, do Itaú BBA, em relação ao setor de açúcar e etanol. Esta sessão do documento é assinada pela consultora agro do banco, Annelise Izumi.

A estimativa do Itaú BBA é de que a moagem no Centro-Sul atinja 590 milhões de toneladas na temporada 2023/24, representando um aumento de 7,6% ante as 548 milhões de toneladas do ciclo anterior.

Quanto à qualidade da cana, medida pela concentração de Açúcar Total Recuperável (ATR), a expectativa é de redução anual de 1,3%, para 139 quilos de ATR por tonelada. Conforme o banco, o valor estimado se baseia principalmente na menor incidência solar nos canaviais e chuvas acima da normalidade no período de desenvolvimento da cana.

Já o mix de produção da safra 2023/24 será novamente voltado para o açúcar, produto que está mais valorizado no mercado. Com isso, a estimativa é de que a região fabrique 36,2 milhões de toneladas da commodity até março de 2024, representando aumento de 7,4% em comparação com a safra anterior.

No contexto global, considerando os preços atuais, que estão superiores aos custos nos maiores países produtores, a expectativa do Itaú BBA é de que haja aumento na fabricação de açúcar na safra 2023/24 (outubro a setembro).

“Historicamente, os principais países produtores têm espaço para mais açúcar, como já vimos no passado. No caso do Centro-Sul, na 2024/25 (abril a março) isso deve ocorrer com base na recuperação da produtividade agrícola, dado que não trará mais as consequências da seca e geadas da safra 2021/22”, pontua.

Com isso, o balanço global da safra 2023/24 é estimado pela analista do banco em um superávit de 4,6 milhões de toneladas. “Mesmo com superávit, é importante ressaltar que a relação estoque-uso seguirá baixa historicamente, principalmente considerando três anos de déficit, além de riscos que a próxima safra pode vir a enfrentar”, complementa o relatório.

Fonte: NovaCana
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