INTL FCStone: plantio de soja e milho deve crescer no Brasil no ciclo 2018/19

Em sua primeira estimativa para o ciclo 2018/19, a consultoria INTL FCStone aponta um crescimento da área plantada para a soja e para o milho (primeira safra) no Brasil. No caso da oleaginosa, o aumento deve ser de 2%, alcançando os 35.86 milhões de hectares, com incremento das intenções de plantio principalmente nos estados do Centro-Oeste e no Rio Grande do Sul.

Apesar desta perspectiva, a produção estimada pelo grupo é de 119.18 milhões de toneladas, um aumento de apenas 0,2% em relação à safra de 119 milhões de toneladas na safra 2017/18, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu relatório de agosto.

“Mesmo com o aumento de área, pelo menos por enquanto não se espera que a produtividade excepcional do ciclo 2017/18 se repita em alguns estados”, disse a analista da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi. A produtividade média nacional de soja está estimada em 3,32 toneladas por hectare.

Com relação a primeira safra de milho, a INTL FCStone espera um aumento de área de 2,5%, alcançando os 5.2 milhões de hectares, com destaque para os estados do Rio grande do Sul, de Santa Catarina e de Goiás.

“Como no começo de 2018, houve dificuldade em se encontrar milho no mercado doméstico e a safra de verão tem ficado cada vez menor. Aém dos preços internos estarem fortalecidos, existe algum incentivo para ganhos de área, destacando-se que, em termos absolutos, o aumento é de pouco mais de 126.000 hectares”, afirmou Lodi.

Para a produção, a estimativa da primeira safra aponta para 27;2 milhões de toneladas, com produtividade média de 5,24 toneladas por hectare, mais baixa que a do ciclo 2017/18.

Oferta e demanda

Considerando que o balanço de oferta e demanda de soja deve encerrar 2018 com estoques muito baixos, situação semelhante de um balanço mais restrito deve ocorrer também no próximo ano, segundo a INTL FCStone, uma vez que se espera que a demanda continue bastante aquecida.

“Um ponto que poderia mudar o panorama do consumo, seria um acordo entre EUA e China que suspendesse a taxação de 25% sobre a soja norte-americana”, disse Lodi. Para o milho, como o grupo ainda não possui estimativa para a safrinha 2018/19, o balanço de oferta e demanda para o cereal ainda não foi divulgado.

 

Fonte: INTL FCStone

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