Com a expectativa de consumo de milho inalterada, o mercado doméstico segue atento às incertezas logísticas, que refletem diretamente no volume embarcado. A logística tem um peso muito grande no mercado de milho, disse a analista da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi. Em sua revisão de agosto da estimativa de safra, o grupo mantém a sua estimativa de exportações em 28 milhões de toneladas, mas não descarta a possibilidade de recuo, devido ao tabelamento mínimo do frete.
Com a manutenção da demanda, a estimativa de estoques da consultoria aponta volume de 15 milhões de toneladas, representando avanço de 1 milhão de toneladas em relação aos cálculos divulgados em julho, devido aos ajustes na produção, tanto na primeira quanto na segunda safra.
No ciclo de verão o número passou de 23.8 milhões de toneladas (divulgado no mês anterior) para 24.6 milhões de toneladas, após a revisão de produtividade de alguns estados das regiões Norte e Nordeste do país.
No caso da segunda safra 2017/18, o ajuste na estimativa de produção foi mais tímido, com aumento de 130.000 toneladas, para 55.5 milhões de toneladas (contra as 55.35 milhões de toneladas divulgadas em julho). Assim como na safra de verão, houve ajustes também na produtividade de estados da região norte do país.
“Entre os principais estados produtores de milho no inverno não houve mudanças em relação ao mês passado, mantendo-se as perspectivas de perdas importantes devido às adversidades climáticas”, disse a analista Ana Luiza. Novos ajustes não estão descartados, uma vez que a colheita ainda está em andamento.
Fonte: INTL FCStone
