Plantio de soja mais adiantado, somado às perspectivas de clima favorável, levou a INTL FCStone a estimar um aumento na produção brasileira da soja na safra 2018/19, de 119.34 para 120.2 milhões de toneladas, com variação de 0,7%. Isso representa um volume recorde, acima do alcançado na safra 2017/18, de 119.3 milhões de toneladas.
Foram ajustadas as produtividades de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com o rendimento médio para o Brasil ficando em 3,35 toneladas por hectare – nível ainda mais baixo que o alcançado na safra passada.
Não houve alterações nos números de área plantada. Caso esse padrão favorável se mantenha, novos aumentos do rendimento, incluindo outros estados, podem ocorrer.
Em relação à oferta e demanda, as exportações foram elevadas para 75 milhões de toneladas, diante do contexto de guerra comercial.
“Esse ajuste foi possível porque a produção foi aumentada e houve corte no número de consumo interno, já que as exportações estão muito atrativas”, disse a analista da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi.
Ela afirmou que, “caso EUA e China cheguem a algum acordo, com o país asiático voltando a comprar soja norte-americana, esse cenário pode mudar”. Os estoques finais foram estimados em 670.000 toneladas.
Milho
Para a primeira safra de milho, a INTL FCStone não alterou sua estimativa de novembro da safra de verão, mantendo a produção em 27.1 milhões de toneladas. Em relação ao ciclo anterior, a área plantada aumentou 2,1%, atingindo a 5.2 milhões de hectares.
Atualmente, a produtividade média estimada para o Brasil, da safra de verão, está em 5,22 toneladas por hectare – nível abaixo das 5,28 toneladas por hectare do ciclo passado.
“Assim como observado para a soja, o plantio do milho ocorre sem maiores intercorrências, e a possibilidade de ajustes de produtividade em relatórios futuros também existe”, resumiu Ana Luiza Lodi, em relatório da INTL FCStone.
Fonte: INTL FCStone