INTL FCStone: definições da safra brasileira confirmam mais soja e menos milho

Com a colheita de soja do ciclo 2017/18 sendo finalizada no Brasil, estados da região centro-norte do país confirmam rendimento recorde e contribuem para o aumento da produção, que deve atingir 117 milhões de toneladas, segundo a consultoria INTL FCStone.

O ajuste é de pouco mais de um milhão de toneladas em relação ao número divulgado no início de abril. Em comparação à safra 2016/17, o crescimento é de 2,5%.

“Alguns problemas pontuais, principalmente no Sul do país, com destaque para a falta de chuvas em áreas do Rio Grande do Sul, acabaram limitando um aumento ainda maior da produtividade média nacional”, disse a analista do grupo, Ana Luiza Lodi.

A produtividade média para o Brasil, segundo a INTL FCStone, deve ser de 3,34 toneladas por hectare – volume mais baixo que o da safra 2016/17, cujo resultado foi de 3,36 toneladas por hectare.

Com mais uma revisão para cima, as exportações de soja devem atingir 70 milhões de toneladas – maior volume já registrado para os embarques da oleaginosa brasileira, limitando os estoques de 2018 para baixo de um milhão de toneladas.

Com relação ao milho, o clima mais seco em várias partes do país em abril levou a INTL FCStone a revisar o rendimento médio esperado da “safrinha” para baixo, de 5,15 toneladas por hectare. Com isso, a produção do cereal na segunda safra deverá atingir 60.5 milhões de toneladas, uma redução de 2.57 milhões de toneladas na comparação com o número de abril.

“Houve diminuição do potencial de produtividade em grandes estados produtores, como Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. Como ocorreram atrasos no plantio, uma parte importante das lavouras passou por fases importantes de desenvolvimento, em que bons volumes de água são necessários na segunda quinzena de abril, em meio a níveis de precipitação consideravelmente abaixo do normal para o período”, indicou a consultoria nesta quarta-feira (2/5).

No caso da primeira safra de milho 2017/18, a INTL FCStone não traz mudanças em relação ao número de abril, mantendo a produção em 23.37 milhões de toneladas, o que representa uma queda de mais de 20% em relação a safra de verão anterior.

Mesmo com a estimativa de uma produção menor de cereal, de 83.9 milhões de toneladas, o grupo espera uma elevação das exportações, ficando em 32 milhões de toneladas, nível que, se alcançado, configuraria um novo recorde.

“A quebra da safra argentina deve favorecer os embarques do milho brasileiro. Com isso, os estoques finais devem fechar em 11.8 milhões de toneladas, nível ainda bastante confortável”, disse Ana Lodi, em relatório.

 

Fonte: INTL FCStone

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp