Conhecido por ter o maior rebanho bovino do país, o estado do Mato Grosso vive ume tendência de migração na produção. Muitos produtores, principalmente na metade sul do Estado, começam a investir também em agricultura, na Integração Lavoura-Pecuária (ILP). O Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do País, com 28.4 milhões de cabeças, e está livre de febre aftosa há 19 anos.
Usar parte da terra para plantar soja ou milho, enquanto o gado se alimenta do pasto em outra região da fazenda, foi a escolha feita pelo produtor Aroldo Kuzai. Administrando a fazenda São Paulo, em Rosário Oeste, 120 km de Cuiabá, Kuzai começou recentemente sua experiência na lavoura de milho. “Quando meu pai comprou a fazenda, em 2012, a tendência natural foi colocar gado nela, mas estamos tentando diversificar a produção agora com a plantação de soja e de milho”, conta Aroldo.
O motivo que levou o jovem produtor a iniciar o plantio de grãos junto à criação de gado foi a rentabilidade. Segundo Aroldo Kuzai, embora o investimento inicial em máquinas seja alto, a possibilidade de diversas culturas ao longo do ano é motivadora. “O gado leva, no mínimo, cinco anos para dar lucro. Esse é o tempo do bezerro crescer e ganhar peso. Se ele morre, perdemos o produto. Na agricultura, mesmo com o clima instável, podemos ter produção de cinco em cinco meses”, explica.
Para iniciar o negócio, o produtor arrendou parte da terra para parceiro fornecendo máquinas e insumos necessários para preparação do solo. A parceria se dá no resultado da safra. Do total dos 4.750 hectares de terra, 940 estão sendo usados para agricultura. “Tivemos sucesso. Começamos com soja e agora estamos plantando milho. Na safra passada, colhemos 56 sacas por hectare. Ainda é pouco, mas a ideia é melhorar de agora em diante”, comenta. A meta do produtor é destinar mais 800 hectares ao plantio de grãos até o final deste ano.
Fonte: Agrolink