A Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) recebeu, na última quinta-feira (27), o Instituto Espinhaço para tratar sobre uma futura parceria entre as partes com foco no Projeto Pró-Águas Rio de Janeiro, lançado nesta sexta-feira (28). O Instituto é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que oferece soluções baseadas na natureza, resiliência territorial, suporte à segurança hídrica, minimização dos efeitos das mudanças climáticas, fortalecimento da biodiversidade e engajamento social.
O presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Cláudio de Oliveira, fez uma apresentação sobre a ações desenvolvidas pela entidade e antecipou os propósitos para o Rio de Janeiro. “Firmamos um acordo de cooperação com o governo estadual que participará com a parte de apoio institucional. Não haverá transferência de recursos financeiros públicos. O investimento será de R$ 800 milhões oriundos da iniciativa privada.
Pró-Águas Rio de Janeiro
O Pró-Águas do Rio de Janeiro é uma ação em larga escala de regeneração territorial que envolve um compromisso e visão setorial estratégica para o avanço de temas que são sensíveis para, sobretudo, promover articulação em nível local com repercussão nacional e internacional.
O projeto vai recuperar 7.500 hectares e ainda trabalhar com a agenda do carbono. “A meta é capturar 3.336.000 toneladas de carbono e, em média, 10 milhões de árvores serão plantadas e produzidas no Rio de Janeiro. A estratégia é atuar em todo o território estadual, afirmou Luiz Cláudio de Oliveira.
O Instituto ficará responsável por todo o processo, como capacitar as comunidades para coletar sementes, produzir mudas no Rio de Janeiro – todas nativas, dar manutenção, monitoramento até a fase final, com o sequestro de carbono. “A ideia é que o produtor produza mais, degrade menos e ganhe dinheiro. Não somos uma agenda de meio ambiente, mas sim de desenvolvimento”.
Vantagens
A implantação da proposta vai gerar 781 empregos diretos e outros 5.590 indiretos. “Partimos do pressuposto que o agricultor é o coração do projeto e parte do negócio. Ele receberá 10% do carbono produzido. Considerando uma média de US$ 50 por tonelada de carbono, o retorno para o produtor deverá ser de US$ 170 milhões, apenas com esta agenda”, enfatizou o presidente do Instituto Espinhaço.
Segundo o represente do Instituto, todo o material utilizado no empreendimento será adquirido no próprio estado fluminense como combustível, insumos, equipamento, dentre outros, injetando recursos na economia estadual.
Assembleia
Após a apresentação do Projeto Pró-Águas Rio de Janeiro, o presidente da SNA, Antônio Alvarenga, realizou a tradicional Assembleia Geral Ordinária da SNA para prestação de contas – Exercício 2023, além da votação e nomeação para cargos na entidade. Também estiveram presentes, membros da diretoria executiva, da diretoria técnica e sócios-titulares da Sociedade Nacional de Agricultura.