Inovação norte-americana inspira Aprosoja durante Missão EUA

A missão aos Estados Unidos realizada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) terminou no dia 3 de setembro. O conhecimento adquirido durante os nove dias no país, no entanto, deve servir como modelo a seguir no futuro.

No roteiro, o grupo formado por associados, delegados, diretores e colaboradores da Aprosoja esteve em propriedades rurais que cultivam soja; nas empresas Case, Monsanto e Climate, e na Farm Progress Show, considerada uma das maiores feiras agropecuárias do país. Também estiveram no itinerário visitas a duas associações norte-americanas: a Illinois Soybean Association e American Soybean Association (ASA).

Além disso, o grupo esteve em incubadoras de start-ups como a Helix Center Biotech Incubator e BRDG Park e em centros de estudos de biotecnologia como a Saint Louis Community College.

“A estrutura logística americana é fantástica, com competitividade entre rodovias, hidrovias e ferrovias. Mas como estrutura de estado observamos que a agricultura de precisão é cada dia mais utilizada pelos produtores com uma ampla rede de telecomunicações para dar suporte a isso”, afirmou o presidente da Aprosoja Endrigo Dalcin, que esteve na Missão EUA.

“Todas as fazendas que visitamos, por exemplo, tinham sinal de internet de alta velocidade, que permite ao produtor ter informação em tempo real de plantio e colheita com sistemas interligados aos maquinários. Isso é tecnologia do futuro e, para o Brasil, ainda é um desafio”, ressaltou Dalcin.

Pela primeira vez em uma missão aos Estados Unidos, o gerente de Política Agrícola da Aprosoja, Frederico Azevedo, se admirou com a armazenagem dos produtores norte-americanos. “Em todos os lugares que andamos, o principal espanto dos produtores locais é saber que no Brasil existe déficit de armazenagem. Por menor que seja a propriedade nos Estados Unidos, o produtor tem capacidade de armazenar o que produz. Exatamente por isso, precisamos cada vez mais divulgar o Armazena MT”, disse.

O programa, lançado neste ano pela Aprosoja, tem por objetivo fomentar a armazenagem própria dos produtores. Com as safras de soja e milho estimadas em 60.76 milhões de toneladas neste ano, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a capacidade de armazenagem é de apenas 33.4 milhões de toneladas, o que está gerando perdas aos produtores mato-grossenses.

Mercado

Segundo o presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, outro ponto que deve começar a ser pensado no Brasil está relacionado à abertura do mercado. “Além da produção, precisamos focar na demanda, no consumo. Acredito que conseguiremos chegar em patamares de produtividade suficientes, ainda que os custos estejam cada vez mais altos. Precisamos focar na abertura de novos mercados”, afirmou Dalcin.

Para isso, disse ele, “temos trabalhado, por exemplo, por meio da Isga (Aliança Internacional dos Produtores de Soja). Nos reunimos ao menos duas vezes por ano com o foco no desenvolvimento e na divulgação de novas tecnologias, pedindo abertura de novas tecnologias para os mercados compradores. Tudo isso para que haja o aumento do consumo, garantindo melhor rentabilidade ao produtor”.

 

Fonte: Aprosoja

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