Iniciativa pretende dobrar a produção do milho na década

Com o propósito de fomentar o aumento da produtividade do milho, com incentivo ao desenvolvimento de novos estudos, tecnologias e técnicas que promovam a sustentabilidade, foi lançado o Grupo Tático para o Aumento da Produtividade (Getap), que reúne líderes empresariais de diversas cadeias do agronegócio brasileiro.

À frente dessa iniciativa, o engenheiro agrônomo Anderson Galvão, diretor da Céleres, consultoria do agronegócio e especialista no mercado de grãos, comenta que a recente formação do Getap foi definida após a constatação de que existe, ao mesmo tempo, uma crescente demanda por milho no Brasil e no mercado exterior, além de estoques apertados.

Segundo Galvão, há também um vasto potencial para essa cultura ser desenvolvida com sustentabilidade e aumento na produtividade.

“Percebemos em campo, durante esses quase 20 anos de Céleres, que se promovermos mais discussões e estudos, com novos olhares e novas métricas, a cada safra, será possível elevar a produtividade do milho, com respeito ao solo e com melhor aproveitamento das áreas”, disse o especialista. “E isso é extremamente importante no desafio de alimentar o mundo nas próximas décadas.”

Missão

O Getap Milho tem a missão, junto aos produtores brasileiros, de dobrar a produção de milho nos próximos dez anos. E para atingir essa meta, conta com a inteligência da Céleres na indicação de soluções no agro, com o uso de defensivos e fertilizantes especiais, rotação de culturas, plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e agricultura de precisão.

Resultados

Durante os estudos em campo, foram observados que, de forma geral, as produtividades médias no Paraná e Goiás/Distrito Federal são mais elevadas que o restante do País devido à regularidade climática, altitude elevada e perfil de maior tecnologia/investimento do produtor.

“No último ano, as produtividades tiveram queda em nível nacional devido à janela curta no cultivo de milho, ao inverno, à seca no desenvolvimento da cultura e à geada próximo da colheita. Mas entendemos como algo pontual”, disse Galvão.

“Mas mesmo num ano desafiador como o 2021, resultados preliminares da auditoria independente apontam para níveis de produtividade muito elevados, o que reforça o entendimento que há, sim, muito espaço para aumentar a eficiência produtiva do cereal”.

Exportações

De modo geral, o cenário está positivo para as exportações. Com o crescimento da produção de segunda safra, o Brasil se consolidou como origem confiável e de alta escala para países consumidores do cereal como Oriente Médio, Ásia e Europa.

Para se ter uma ideia, o Brasil passou a exportar de 8 a 10 milhões de toneladas por ano para cerca de 30 a 40 milhões de toneladas após 2017. Este ano, especificamente, os embarques devem ficar em 22 milhões de toneladas, influenciados pela quebra de safra de inverno.

Para os próximos cinco anos, o modelo e estudos do Getap apontam para um potencial de 60 milhões de toneladas de exportação, com crescimento da demanda dos países habituais e maior interesse dos chineses no nosso cereal.

No mercado interno, o consumo se mantém com crescimento razoável e constante (3%-4% ao ano), com aumento da participação do milho para a produção de etanol no Centro-Oeste.

 

 

Fonte: Agrolink

Equipe SNA

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