Trigo: importação aumenta, mas preço interno segue firme
As importações brasileiras de trigo seguem em bom ritmo, mas a comercialização no mercado interno continua lenta. Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto o vendedor está retraído, sem necessidade de fazer caixa, compradores se mostram abastecidos até o próximo ano, principalmente devido às importações.
Mesmo assim, as cotações domésticas seguem firmes, refletindo, entre outros motivos, o maior custo do trigo importado. Considerando-se o dólar a R$ 3,26 em novembro, o valor médio das importações foi de R$ 642,25 a tonelada FOB (Free on Board origem).
Ao adicionar os custos logísticos e despesas portuárias, a média do trigo importado fica bem acima da registrada no mercado disponível brasileiro. No mês passado, as importações brasileiras de trigo somaram 476.200 toneladas, com aumento de 14,6% em relação ao mês anterior, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Mamão: preços do Havaí se recuperam no início de dezembro
Após consecutivas desvalorizações em novembro, os preços do mamão Havaí iniciaram dezembro em alta em todo o país, com exceção do Rio Grande do Norte/Ceará, onde as cotações permanecem estáveis. No Sul da Bahia, a variedade teve média de R$ 0,56/kg entre os dias 4 e 8 de dezembro, com aumento de 43% em relação à semana anterior.
Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a valorização da fruta está atrelada à queda de volume nas regiões produtoras.
No atacado, por sua vez, a alta foi menos intensa. Em São Paulo, o Havaí teve média de R$ 12,29/caixa de 8 kg, com elevação de 9% na mesma comparação. Já o formosa se desvalorizou no período, refletindo o leve aumento da oferta e problemas de qualidade.
Etanol: quantidade de hidratado comercializado quase dobra em um ano
Na primeira semana de dezembro, o volume de etanol hidratado negociado pelas unidades produtoras do Estado de São Paulo foi quase duas vezes maior que o registrado no mesmo período de 2016, segundo dados do Cepea.
Esse aumento resulta também da expectativa de novas altas para os preços desse biocombustível, considerando-se os aumentos consecutivos das últimas 12 semanas. Além disso, a demanda seguiu forte, visando a atender a procura para as festividades de final de ano.
Entre os dias 4 e 8 de dezembro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado no Estado de São Paulo fechou a R$ 1,7380/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins) – alta de 1,66% em relação ao período anterior. No caso do anidro, o Indicador Cepea/Esalq foi de R$ 1,9019/litro (sem PIS/Cofins), com aumento de 1,46% no mesmo comparativo.
Açúcar: indicador sobe, mas permanece na casa dos R$ 69,00/saca
O preço médio do açúcar cristal negociado no mercado spot paulista segue em alta, mas ainda na casa dos R$ 69,00/saca de 50 kg – patamar atingido no último dia de novembro. As constantes altas observadas desde o mês passado perderam força neste início de dezembro, o que pode ser atribuído ao recuo da demanda, segundo pesquisadores do Cepea.
Neste mês, compradores diminuíram o volume de açúcar negociado no mercado spot, devido à proximidade das férias coletivas e das festas de final de ano. Entre os dias 4 e 11 de dezembro, o Indicador do Açúcar Cristal Cepea/Esalq, cor Icumsa de 130 até 180, no Estado de São Paulo, subiu ligeiro 0,2%, fechando a R$ 69,25/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 11 de dezembro.
Fonte: Cepea
