Indicadores Cepea: trigo, etanol, alface, açúcar e cebola

Trigo: demanda elevada no Brasil favorece importações

Os preços de trigo seguem em alta no mercado brasileiro, devido à demanda aquecida e à retração de vendedores diante de incertezas climáticas no Sul do País.

Ainda assim, segundo pesquisadores do Cepea, as negociações foram mais frequentes, especialmente em algumas regiões do Paraná e do Rio Grande do Sul, onde se concentra grande número de moinhos, principais demandantes do cereal nacional e importado. Nesse cenário, as importações se aqueceram em maio.

Segundo a Secex, 501.130 toneladas de trigo chegaram aos portos brasileiros no mês passado, quantidade 8,7% maior que a de abril/17 e 30,7% acima da de maio/16.

 

Etanol: competitividade do etanol frente à gasolina é a maior desde set/16

A relação entre o preço do etanol hidratado e da gasolina C no Estado de São Paulo é a menor desde meados de setembro de 2016. Segundo dados da ANP, a paridade entre 4 e 10 de junho foi de 68,4%, com o preço da gasolina C a R$ 3,356/litro, e do etanol hidratado a R$ 2,296/litro nas bombas.

Além de SP, a relação entre os combustíveis também se mostrou vantajosa para o biocombustível em Mato Grosso na última semana, a 63,7%. Entre 5 e 9 de junho, o Indicador Cepea/Esalq do etanol anidro foi de R$ 1,5476/litro (sem Pis/Cofins), recuo de 1,85% frente à semana anterior.

Além da oferta de combustível nacional, os volumes importados vêm abastecendo o mercado brasileiro, pressionando as cotações no spot. Em relação ao etanol hidratado, o ritmo de negócios está lento, mesmo com a proximidade do feriado de Corpus Christi.

Além disso, a oferta de hidratado de outros estados, como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, também pressionou as cotações em SP. Com isso, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou a R$ 1,3453/litro (sem ICMS e sem Pis/Cofins) de 5 a 9 de junho, ligeira queda de 0,29% frente ao da última semana.

 

Alface: chuvas reduzem oferta e preço sobe em SP

As fortes e frequentes chuvas nas regiões de Ibiúna e Mogi das Cruzes (SP) na última semana acarretaram em perdas nas roças e no consequente aumento dos preços da alface. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, com o excesso de água, a incidência de bactérias nas folhosas aumentou, levando a descartes da Crespa e partes da Americana a apodrecer.

Além disso, o clima frio e úmido reduziu as vendas de alface no período. Em Ibiúna, entre 5 e 9 de junho, a alface Americana teve média de R$ 13,12/caixa com 12 unidades, aumento de 55,46% frente à da semana passada.

O preço da Crespa, por sua vez, subiu 36,57%, fechando a R$ 13,85/caixa com 20 unidades. Em Mogi das Cruzes, a Crespa fechou a R$ 16,04/caixa com 20 unidades, alta de 27,71%.

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Açúcar: cotações continuam caindo no mercado spot de SP

O ritmo de negócios envolvendo açúcar cristal segue lento no spot paulista. Conforme colaboradores do Cepea, compradores continuam recuados, à espera de preços mais baixos para realizar negócios envolvendo o cristal de melhor qualidade (Icumsa 150), o que manteve as cotações em queda.

Entre 5 e 12 de junho, o Indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal, cor Icumsa entre 130 e 180, caiu 1,73%, fechando a segunda-feira, 12, a R$ 74,82/saca de 50 kg.

 

Cebola: importação diminuí em relação a 2016, mas prejudica mercado

A importação total de cebola em 2017, no resultado parcial (de janeiro a maio), está inferior ao mesmo período do ano passado. O volume importado, até o momento, é de cerca de 40.000 toneladas, 75% menor que em 2016, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), quando foram importadas 163.500 toneladas.

Geralmente, a Argentina abastece o Brasil nesta época do ano, já que o Sul costuma encerrar sua safra em abril. Na temporada anterior (2015/16), porém, houve quebra de safra no Sul, resultando em mais importações do produto argentino. Além disso, foi necessária a entrada de cebolas da Europa, uma vez que somente o volume argentino não seria suficiente para abastecer o mercado nacional.

Já em 2017, o cenário foi o oposto: o Sul teve boa produção e ofertou seus bulbos até fim de maio, não necessitando de grandes importações. Mesmo assim, algumas cebolas argentinas e europeias entraram no País. A vinda desta segunda, inclusive, se deu pelo fato de o continente estar no fim da safra e de o Brasil se mostrar como uma oportunidade para o escoamento da produção. Com isso, as cebolas chegam a preços muito baixos e acabam dificultando uma valorização dos bulbos nacionais.

Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a entrada do produto deve reduzir nas próximas semanas, visto que o volume nacional tende a aumentar a partir de junho.

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Fonte: Cepea

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