Indicadores Cepea: suínos, boi, tomate, cebola e melancia

Suínos: com alta dos insumos e queda ao vivo, poder de compra do suinocultor diminui

Enquanto os preços dos principais componentes da ração animal (soja e milho) estão em alta, as cotações do suíno vivo têm registrado queda em outubro. Nesse cenário, o poder de compra dos produtores diminuiu.

Em São Paulo, o recuo foi de 8% em relação ao milho e de 7,5% frente ao farelo de soja neste mês (até o dia 18 de outubro).

Segundo colaboradores do Cepea, as desvalorizações do animal vivo no mercado independente estão atreladas à baixa liquidez. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço do vivo teve média de R$ 4,09/kg nessa quarta-feira, 18, baixa de 2% no acumulado do mês.

Quanto ao milho, segundo a Equipe Grãos/Cepea, as altas refletem o aumento da procura e expectativas de menor oferta na safra 2017/18. No mercado de farelo de soja, por sua vez, a firme demanda interna e a retração de vendedores é que têm impulsionado as cotações.

 

Boi: insegurança afasta agentes do mercado e reduz liquidez

A entrada e saída de operadores do mercado levou a média do Indicador Esalq/BM&FBovespa do boi gordo a oscilar nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, muitos agentes estão inseguros quanto ao comportamento dos preços no curto prazo e, por esse motivo, adotam posicionamento mais recuado para compra e para venda, realizando apenas negócios de maior urgência.

Nessa quarta-feira, 18 de outubro, o Indicador fechou a R$ 141,05, recuo de 0,81% em relação à quarta-feira anterior, 11 de outubro.

 

Tomate: tomate rasteiro de GO pressiona cotações na Ceagesp e na BA

A comercialização do tomate salada longa vida diminuiu no início desta semana na Ceagesp. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, esse cenário está atrelado ao maior volume do tipo rasteiro para mesa produzido em Goiás no mercado paulista, por conta dos menores patamares de preço dessa variedade.

Conforme dados do Hortifruti/Cepea, enquanto uma caixa de 28-30 kg do rasteiro tem média de R$ 30,00, a caixa de 20 kg do salada 2A vale R$ 26,50 (médias em 16 e 17 de outubro).

O tomate goiano também vem competindo com o mercado do Nordeste (com a praça baiana de Irecê, especificamente), pressionando as cotações na região. De julho a outubro (até o dia 13 de outubro), o preço médio do tomate na praça nordestina foi de R$ 15,95/caixa, valor 49% inferior à média do mesmo período de 2016, de R$ 31,45/caixa.

Além disso, problemas com a traça do tomateiro e a baixa disponibilidade de água interferiram na qualidade e na produtividade média da região

 

Cebola: safra de super precoces tem início em Irati (PR)

Alguns produtores de Irati (PR) devem iniciar já no final deste mês, a colheita das cebolas de cultivar super precoce, que representam 20% da área total. Entretanto, o volume ainda será menor em outubro, com previsão de aumento em novembro.

O plantio na praça paranaense foi encerrado em agosto, porém, cerca de 10% a 15% da área teve de ser replantada, devido aos problemas com a falta de água em setembro e com o excesso de chuvas no início do semeio. Desse modo, a produção por hectare estimada para esta temporada deve diminuir em relação à passada, e um maior volume de cebolas de classificação caixa 2 (menor calibre) é esperado.

Além disso, também foram relatados problemas com a “mosca da cebola”, uma praga que favorece o ataque de fitopatógenos e o apodrecimento da planta. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, o aparecimento desse inseto é comum no período de desenvolvimento dos bulbos, mas a proliferação da mosca não teve grande impacto nas lavouras desta temporada.

Quanto à colheita em Irati, deve seguir até janeiro, e a comercialização até abril.

Acesse as informações no site www.hfbrasil.org.br

 

Melancia: colheita em Marília (SP) se inicia nesta semana

Melancicultores de Marília (SP) iniciaram as atividades de colheita nesta quarta-feira (18 de outubro), segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. O volume ofertado na região ainda é considerado baixo, mas tende a aumentar nas próximas semanas.

Quanto à qualidade, as melancias se mostraram com tamanho e padrão dentro do esperado pelo consumidor.

Considerando a região de Marília e Oscar Bressane (SP), a melancia graúda (>12 kg) foi comercializada, em média, por R$ 0,37/kg, queda de 10,1% em relação à média de outubro do ano passado. A colheita na região deve seguir até o fim de novembro, quando outra praça paulista, Itápolis, iniciará as atividades.

Confira mais informações no site www.hfbrasil.org.br

 

Fonte: Cepea

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