Suínos: com pressão compradora e recuo das exportações, valores recuam
Nesta segunda quinzena de janeiro, devido à menor demanda, os preços dos principais produtos suinícolas acompanhados pelo Cepea estão em queda.
Na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço do animal vivo recuou 4,4% de 10 a 17 de janeiro, passando a R$ 3,83/kg nessa quarta-feira, 17. A carcaça especial foi cotada a R$ 6,05/kg na Grande São Paulo ontem, recuo de expressivos 3,6% em relação ao dia 10.
Além da fraca demanda interna, a retração também ocorre nas compras internacionais. A média de embarques diários de carne suína in natura em janeiro, de 1.900 toneladas, está 14% abaixo da de dez/17, de 2.200 toneladas, segundo dados da Secex.
Boi: menor demanda enfraquece preços da carne
As cotações da carcaça casada de boi estão enfraquecidas no mercado atacadista da Grande São Paulo, conforme dados do Cepea. Esse cenário é típico para este mês, visto que se trata de um período em que o consumo diminui por conta das férias e das maiores despesas.
No acumulado de janeiro (de 28 de dezembro a 17 de janeiro), a carcaça casada do boi (à vista) caiu 2,7%, fechando a R$ 10,10/kg nessa quarta-feira, 17.
Em relação ao boi gordo, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (estado de São Paulo) fechou a R$ 147,20 ontem, ligeira alta de 0,82% no mesmo comparativo.
No geral, segundo pesquisadores do Cepea, as negociações seguem em ritmo lento e compradores apresentam relativa dificuldade para o preenchimento das escalas.
Melancia: cotações caem quase 30% em uma semana no RS
Os preços da melancia registraram forte queda no Rio Grande do Sul, segundo dados do Hortifruti/Cepea. Isso ocorreu devido à intensificação da colheita em Encruzilhada do Sul (somada ao volume disponível em Arroio dos Ratos) e às precipitações na região Sudeste, principal mercado consumidor. O preço médio da melancia graúda (> 12 kg) foi de R$ 0,40/kg nas duas praças gaúchas de 8 a 12 de janeiro, queda de 27,4% em relação à semana anterior. Para os próximos dias, a expectativa é de oferta um pouco menor em Arroio dos Ratos, o que pode favorecer as negociações em Encruzilhada do Sul.
Alface: apesar da baixa qualidade, clima não eleva perdas nas roças
O período chuvoso, nesta primeira quinzena de janeiro, refletiu na qualidade das alfaces nas regiões de Ibiúna e Mogi das Cruzes (SP). Nestas praças produtoras, as folhosas foram afetadas, principalmente, por mela e queima de miolo.
Apesar disso, grande parte das alfaces pôde ser comercializada (mesmo com qualidade inferior), tornando menores as perdas nas roças, se comparadas às do mesmo período de 2017. Naquela ocasião, vale lembrar, descartes expressivos ocorreram nas lavouras, por conta das precipitações, somadas à exposição solar intensa e às altas temperaturas, que geralmente intensificam o surgimento de doenças e o apodrecimento das alfaces. Na safra 2017/18, entretanto, a grande quantidade de dias nublados tem contribuído para limitar as perdas.
Como as chuvas devem continuar frequentes na segunda quinzena de janeiro e no decorrer de fevereiro, porém, problemas de qualidade podem continuar surgindo. Este fator pode, inclusive, fazer com que os descartes se elevem nas próximas semanas.
Confira mais informações no site www.hfbrasil.org.br
Fonte: Cepea