Indicadores Cepea: soja, milho, batata, mandioca e mamão

Soja: recuo vendedor e demanda elevada impulsionam indicadores

Os preços da soja em grão estão em alta no Brasil, impulsionados pela demanda firme e pela retração de sojicultores brasileiros, que aguardam o próximo semestre para negociar lotes maiores.

Além disso, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o dólar em patamares mais elevados que o real, a elevação do prêmio de exportação no Brasil e condições climáticas desfavoráveis ao semeio nos Estados Unidos (que elevaram os preços dos contratos futuros na Bolsa de Chicago), também foram fatores de alta para os preços domésticos.

Entre 1º e 8 de junho, o Indicador da Soja Esalq/BM&FBovespa Paranaguá subiu 2,9%, para R$ 69,35/saca de 60 kg na sexta-feira (9). O Indicador Cepea/Esalq Paraná subiu 3,4% no mesmo período, fechando a R$ 64,32/saca de 60 kg na sexta-feira.

 

Milho: cotações têm comportamentos distintos no Brasil

As cotações de milho têm apresentado comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Enquanto em Mato Grosso e Goiás os preços recuaram com força nos últimos dias, devido ao avanço da colheita, no Paraná, em São Paulo e em Mato Grosso do Sul os valores reagiram devido à retração de vendedores no mercado spot. Entre 2 e 9 de junho, o Indicador Esalq/BM&FBovespa subiu 3,3% em Campinas (SP), fechando a R$ 27,35/saca de 60 quilos na sexta-feira (9).

 

Batata: mesmo com chuva no Sul e início de mês, preço cai

Na última semana (5 a 9), a batata padrão ágata especial foi comercializada no atacado paulista na média de R$ 79,15/saca de 50 kg, com queda de 19% em relação à semana passada. Mesmo com o início do mês (quando normalmente as vendas são mais aquecidas), as chuvas no Paraná e no Rio Grande do Sul (que dificultaram a colheita e diminuíram a oferta da região) não foram suficientes para impulsionar os preços.

O motivo é que as praças do sul de Minas e do Cerrado ofertaram maior volume, além de Cristalina (GO) e sudoeste paulista (que iniciou a colheita nesta semana). Apenas a cultivar Asterix esteve em falta durante toda a semana. Segundo atacadistas consultados pelo Hortifruti/Cepea, apenas o Sul está ofertando em volume significativo de batata.

Como não conseguiram colher nos últimos dias devido à chuva, a variedade praticamente não foi comercializada nos atacados de São Paulo (SP) e de Belo Horizonte (MG). Para a próxima semana, a oferta de batata deve ser alta, refletindo nas cotações. Acesse mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Mandioca: oferta reduzida sustenta preços

Os preços da mandioca continuam subindo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo colaboradores, chuvas dificultaram o avanço da colheita nos últimos dias, reduzindo a oferta de raiz. Nesse cenário, algumas indústrias interromperam suas atividades ou processaram apenas pequenos volumes.

Entre 5 e 9 de junho, a média semanal a prazo da tonelada de raiz posta fecularia foi de R$ 463,70 (R$ 0,8064 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), 2,7% acima da média da semana anterior e 91% superior a do mesmo período de 2016, em valores reais (deflacionamento pelo IGP-DI de maio/17).

 

Mamão: preço do Havaí sobe 131% no Espírito Santo

O volume de mamão Havaí continua diminuindo nas regiões produtoras acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea, impulsionando as cotações da variedade no norte do Espírito Santo e no sul da Bahia. Segundo produtores consultados, as temperaturas mais amenas nas regiões produtoras têm prolongado o tempo de desenvolvimento da fruta, diminuindo o número de cachos no ponto ideal de colheita.

Do lado da demanda, segue enfraquecida, devido ao clima mais frio e à crise econômica no Brasil, que tem reduzido o poder de compra do consumidor. Entre 5 e 9 de junho, a média de preço do mamão Havaí subiu 131% no Espírito Santo, em comparação com a da semana anterior, fechando a R$ 1,25/kg. No sul da Bahia, por sua vez, a variedade foi comercializada a R$ 1,24/kg na última semana,  com alta de 116% na mesma comparação.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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