Indicadores Cepea: soja e milho

Soja: comprador e vendedor se retraem; cotações se estabilizam

As cotações da soja estão praticamente estáveis no Brasil. Vendedores, atentos à demanda externa aquecida, aos baixos estoques de grão das indústrias brasileiras e à menor produção na Argentina, estão retraídos, negociando apenas pequenos lotes. Além disso, segundo colaboradores do Cepea, uma parcela das indústrias brasileiras está recebendo a soja negociada ainda no ano passado. Nesse cenário, compradores brasileiros também estão retraídos, fazendo aquisições apenas quando há necessidade e à espera de preços menores para o período de entrada de safra.

Entre 3 e 10 de fevereiro, o Indicador da soja Paranaguá Esalq/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta-entrega), no porto de Paranaguá (PR), subiu 1,46%, a R$ 74,88/saca de 60 kg na sexta-feira (10). Na média ponderada dos valores no Paraná, refletida no Indicador Cepea/Esalq, houve avanço de ligeiro 0,5% entre 3 e 10 de fevereiro, a R$ 69,84/saca de 60 kg.

 

Milho: possibilidade de safra recorde pressiona valores 

Os preços de milho seguem em queda na maior parte das regiões brasileiras acompanhadas pelo Cepea. A expectativa de maior oferta tanto em termos mundiais quanto domésticos continua sendo o principal fator de pressão sobre os valores do cereal. Compradores mantêm a postura retraída e seguem à espera de quedas mais expressivas das cotações.

As baixas mais significativas são verificadas nas regiões em que há entrada da safra verão do cereal. Já em Campinas (SP), o Indicador Esalq/BM&FBovespa reagiu ligeiro 0,2% na última semana, fechando a sexta-feira (10), a R$ 36,04/saca de 60 quilos.

Segundo pesquisadores do Cepea, a entrada de maior volume do cereal paulista é esperada entre a segunda quinzena de fevereiro até a primeira de março, o que restringe a disponibilidade imediata do produto. Além disso, o aumento do frete e a preferência pelo escoamento da soja para os portos dificultam a entrada de cereal dos demais estados na região paulista.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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