Indicadores Cepea: milho, soja, mandioca e manga

Milho: com maior oferta, cotações recuam na maioria das regiões

A maior disponibilidade interna tem pressionado os valores do milho em muitas regiões acompanhadas pelo Cepea nos últimos dias. A queda está atrelada ao início da colheita no Sul do Brasil e aos estoques atuais, considerados altos.

No Centro-Oeste, a dificuldade de colheita da soja tem prejudicado o semeio da segunda safra, e no Paraná podem ocorrer atrasos diante do cultivo mais tardio da oleaginosa em 2017.

Especificamente no mercado paulista, as cotações caíram com força nos primeiros dias da semana passada, quando um maior número de vendedores estava ativo.

No entanto, a partir da quarta-feira (17/1), vendedores/produtores voltaram a diminuir a oferta. De 12 a 19 de janeiro, o Indicador do Milho Esalq/BM&FBovespa (Campinas – SP) recuou 1,49%, a R$ 32,33/saca de 60 kg nessa sexta-feira (19/1).

 

Soja: preocupações com o clima sustentam preços

As condições climáticas voltam a preocupar agentes de mercado na América do Sul, de acordo com informações do Cepea. No Rio Grande do Sul e na Argentina, é o baixo volume de chuvas que está no foco das atenções, enquanto o excesso de precipitações eleva as atenções nos demais estados do centro-sul do Brasil.

Enquanto isso, segue firme a demanda externa pela oleaginosa brasileira e norte-americana, com registros de maiores efetivações nessa sexta-feira (19/1). Nesse cenário, os preços internos estão firmes.

O Indicador Esalq/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) avançou 1% entre 12 e 19 de janeiro, a R$ 71,85/saca de 60 kg na sexta-feira (19/1). O Indicador Cepea/Esalq Paraná avançou ligeiro 0,4% no mesmo comparativo, a R$ 67,14/saca de 60 kg na sexta.

 

Mandioca: chuva prejudica colheita e preços sobem

O ano de 2018 segue com índices pluviométricos expressivos em todas as regiões produtoras de mandioca no centro-sul, dificultando o avanço da colheita, conforme indicam pesquisadores do Cepea. Produtores até consideram atrativos os preços atuais e tentam realizar a atividade mesmo com solo úmido. Quanto às cotações, seguem em alta.

Agentes das indústrias apontaram que mandiocultores estão mais dispostos para novas negociações, inclusive para entregas nas próximas semanas.

Do lado produtor, com os recorrentes casos de podridão radicular nas lavouras de mandioca com mais de um ciclo, parte dos mandiocultores deve retomar com mais intensidade a colheita, visando a evitar perdas mais acentuadas.

Caso este cenário se confirme, será determinante para a maior oferta de raízes nas próximas semanas, limitando as altas, ao menos em curto prazo.

 

Manga: apesar de oscilações, valores da palmer têm forte elevação

Os preços da palmer da região de Valparaíso/Mirandópolis (SP) aumentaram com força na semana passada (de 15 a 19 de janeiro), apesar de apresentarem grande variação no período, conforme dados do Hortifruti/Cepea.

Contudo, a ampla oscilação não é surpresa para produtores da região, devido aos diferentes padrões de qualidade – resultado da intensa incidência de casos de bacteriose nos pomares.

Os preços da variedade variaram de R$ 0,60/kg até R$ 1,50/kg, com média de R$ 1,18/kg, 53% acima do registrado na semana anterior. Ainda assim, as cotações da região seguem abaixo da média de comercialização da palmer no Vale do São Francisco (PE/BA), de R$ 1,30/kg.

 

Fonte: Cepea

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