Indicadores Cepea: milho, soja, mandioca e mamão

Milho: exportação tem alta de mais de 60% em maio

A proximidade da intensificação da colheita da segunda safra, as intervenções governamentais e o dólar mais forte voltaram a aquecer as negociações de milho para exportação nos portos brasileiros. Além disso, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a demanda doméstica está enfraquecida, e parte expressiva dos armazéns ainda está comprometida com a soja.

Em maio, os embarques do cereal brasileiro somaram 310 mil toneladas, com alta de 63,9% em relação a abril, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Quanto aos preços no mercado brasileiro, estão em queda devido à maior oferta do cereal.

Em Campinas (SP), a pressão compradora continua e vendedores têm comportamento mais flexível, favorecendo a realização de negócios. Neste cenário, o Indicador Esalq/BM&FBovespa caiu 2,8% entre 26 de maio e 2 de junho, fechando a R$ 26,48/saca de 60 quilos na sexta-feira (2).

 

Soja: com maior oferta no Brasil e Argentina e clima favorável nos EUA, preço cai

Os preços domésticos da soja caíram com força nos últimos dias, voltando aos patamares observados em abril – os menores desde julho de 2010, em termos reais.

Depois da recuperação em parte do mês de maio, as cotações voltaram a ser pressionadas pela maior oferta no Brasil e na Argentina e por condições climáticas favoráveis ao cultivo da oleaginosa nos Estados Unidos, conforme pesquisadores do Cepea. A demanda enfraquecida também pressionou os valores internos do grão.

Na sexta-feira (2), o Indicador da soja Esalq/BM&FBovespa Paranaguá fechou a R$ 67,37/sc de 60 kg, com baixa de 2,2% em sete dias. O Indicador Cepea/Esalq Paraná também caiu 2,2% na mesma comparação, fechando a R$ 62,19/saca de 60 kg no dia 2. Em maio, entretanto, as médias mensais de ambos os indicadores da soja subiram 4,7% em relação a abril.

 

Mandioca: com maior demanda industrial, preços seguem firmes

Os preços da mandioca estão em alta, sustentados pela maior demanda industrial, principalmente de farinheiras, e pela menor oferta de raiz, que também resultou em queda no volume processado. Segundo pesquisadores do Cepea, chuvas frequentes em várias regiões na última semana impediram a entrada de máquinas e caminhões nas lavouras.

Além disso, diante das recentes quedas de preços, o interesse pela colheita tem diminuído, e produtores vêm priorizando cada vez mais o plantio da nova safra, deslocando a mão de obra. Entre 26 de maio e 2 de junho, a média semanal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia ficou em R$ 451,64 (R$ 0,7855 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), com alta de 1,3% em relação à semana anterior.

 

Mamão: com oferta reduzida, Havaí tem forte alta

O preço do mamão Havaí está em alta nas regiões produtoras, refletindo o menor volume de frutas disponíveis no mercado. Além disso, segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, com o clima mais ameno e a finalização da colheita, a oferta de mamões mais verdes, preferidos pelos compradores, aumentou.

No sul da Bahia, onde os preços da variedade eram os menores na semana entre 22 e 26 de maio, o Havaí foi vendido a R$ 0,57/kg no período posterior (29/5 a 2/6), valor 31% maior no comparativo semanal. No atacado, apesar da comercialização reduzida, influenciada pelo período de fim de mês e pelas temperaturas mais baixas nas regiões consumidoras, o cenário foi o mesmo. Na Ceagesp, os preços do Havaí tiveram média de R$ 14,20/caixa de 8 kg na última semana e aumento de 24% em relação ao período anterior.

Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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