Milho: preços têm movimentos distintos entre as regiões
As cotações do milho estão em queda no mercado paulista, mas em alta na região Centro-Oeste do Brasil, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A maior oferta tem pressionado os valores em São Paulo.
Assim, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas/SP) fechou a R$ 30,86/saca de 60 kg nessa sexta-feira (24/11). Entre 17 e 24 de novembro, a queda do indicador foi de expressivos 3,71%.
No Centro-Oeste, por outro lado, a demanda aquecida tem sustentado as altas nos preços, elevando a liquidez. Em Sorriso (MT), por exemplo, os valores no mercado de balcão subiram fortes 14,5% nos últimos sete dias.
Soja: cotações sobem com boa demanda e estoques menores
O período de entressafra e a firme demanda têm sustentado as altas das cotações da soja no mercado brasileiro, segundo pesquisas do Cepea. Além disso, o dólar mais forte, a retração vendedora e as preocupações com o cultivo da safra 2017/18 também influenciam as altas.
Na parcial de novembro (até o dia 24/11), a média do Indicador Esalq/BM&FBovespa Paranaguá foi de R$ 73,88/saca de 60 quilos, com elevação de 3,37% frente à de outubro. Quanto ao Indicador Cepea/Esalq Paraná, o avanço foi de 3,68% na mesma comparação, com média de R$ 68,93/saca na parcial deste mês.
Mandioca: com maior oferta, preços recuam 3% em uma semana
Apesar das chuvas dos últimos dias em parte das regiões produtoras de mandioca, os ritmos de colheita e de comercialização de mandioca melhoraram, devido aos preços ainda atrativos, à melhora do rendimento de amido e também à necessidade dos produtores de se capitalizar.
Assim, segundo dados do Cepea, após atingirem patamares recordes em termos nominais, as cotações da mandioca recuaram.
Na semana, o preço médio nominal a prazo para a tonelada posta fecularia foi de R$ 675,03 (R$ 1,1740 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), com queda de 3,4% em relação a média anterior, mas com aumento de 54,4% na comparação com igual período de 2016 (valores atualizados pelo IGP-DI de outubro/2017).
Cebola: Cerrado encerra colheita ainda em novembro
Agentes do Triângulo Mineiro/Alto do Paranaíba e da região de Cristalina (GO) estão finalizando a comercialização de bulbos neste mês, segundo indicam pesquisadores do Hortifruti/Cepea. Na praça mineira, restam 5% das cebolas a serem colhidas e, na goiana, apenas 3%.
A produtividade parcial da safra (de junho a outubro/2017) está 2% menor que a do mesmo período do ano anterior, com média de 75,9 toneladas por hectare. Este cenário se deve às temperaturas mais amenas na região, que atrapalharam o desenvolvimento dos bulbos e reduziram levemente a produção. Além disso, alguns produtores tiveram uma janela na oferta entre agosto e setembro, devido às chuvas no início do plantio.
Os preços em Minas Gerais, do início da temporada até a parcial de novembro (até o dia 22/11), estão em R$ 1,04/kg da caixa 3 beneficiada, 58% acima dos custos de produção, estimados em R$ 0,66/kg. Já em Goiás, a média é de R$ 1,10/kg, enquanto os custos foram calculados em R$ 0,60/kg.
Fonte: Cepea/Esalq