Indicadores Cepea: milho, soja e mandioca

Milho: chuvas reduzem movimento de alta dos preços

As chuvas dos últimos dias em parte das regiões produtoras acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) trouxeram melhores perspectivas de desenvolvimento às lavouras de milho verão, cenário que reduziu o movimento de alta dos preços.

Vendedores demonstraram mais interesse em negociar, voltando a ofertar maiores volumes no mercado, ainda que pontualmente. Compradores, por sua vez, se beneficiaram do leve aumento da disponibilidade do cereal.

Nesse cenário, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas/SP) registrou aumento de 1,5% entre os dias 13 e 20 de outubro, subindo para R$ 31,73/saca de 60 quilos no dia 20.

 

Soja: produtor retraído dificulta aquisições do grão e preços têm leve aumento

Grande parte das processadoras brasileiras de soja contava com a safra nacional recorde para adquirir maiores volumes da oleaginosa a preços mais baixos. Entretanto, a boa demanda externa e as chuvas irregulares no Brasil que atrapalharam o plantio da safra 2017/18, retraíram produtores, que têm ofertado lotes a preços bem acima do que compradores estão dispostos a pagar.

Nesse cenário, segundo colaboradores do Cepea, esmagadoras têm enfrentado dificuldades para adquirir o grão, o que somado ao aumento da demanda interna por farelo e óleo de soja, impulsionou os valores da matéria-prima e dos derivados nos últimos dias.

As altas dos preços domésticos, no entanto, foram limitadas pela pequena variação da taxa de câmbio e pelas condições climáticas favoráveis ao avanço da colheita norte-americana, o que pressionou as cotações futuras nos Estados Unidos.

 

Mandioca: demanda firme e oferta reduzida mantêm cotações em alta

A disponibilidade de lavouras de segundo ciclo continua baixa em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, apesar das melhores condições climáticas. Isso porque, segundo colaboradores do centro de pesquisas, parte dos agricultores segue priorizando atividades relacionadas ao plantio, postergando a colheita. A demanda industrial, por sua vez, continua firme, devido, principalmente, aos compromissos de entrega de algumas empresas.

Assim, muitas continuam se abastecendo em outros estados, como as paranaenses, que vêm adquirindo matéria-prima no Estado de São Paulo e em Mato Grosso do Sul. Nesse cenário, o preço médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 627,07 (R$ 1,0906 por grama de amido) entre 16 e 20 de outubro, com alta de 4% em relação à média do período anterior.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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