Indicadores Cepea: milho, mandioca e banana

Milho: maior demanda de praças consumidoras eleva preços

Após o enfraquecimento observado na segunda quinzena de março, os preços do milho voltaram a subir na maior parte das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

As altas mais intensas foram verificadas nas praças consumidoras, como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde demandantes precisam do cereal para repor estoques no curto prazo. No campo, o clima segue favorável ao desenvolvimento das lavouras de segunda safra, gerando expectativa de oferta elevada no segundo semestre.

Na região de Campinas (SP), o Indicador Esalq/BM&FBovespa avançou 2.5% entre 29 de março e 6 de abril, fechando a R$ 41,36/saca de 60 kg na sexta-feira (6).

 

Mandioca: volume de processamento fica abaixo das expectativas

As chuvas entre o final de março e o início de abril atrapalharam o avanço da colheita de mandioca em boa parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Porém, nos últimos dias, o clima favorável possibilitou a retomada dos trabalhos de campo.

No entanto, por ser baixa a disponibilidade de lavouras de segundo ciclo e haver pouco interesse dos agricultores pela comercialização das raízes mais novas, a oferta ficou abaixo das expectativas dos agentes das fecularias, mas ainda acima da registrada no período anterior.

Entre 2 e 6 de abril, foram processadas 39,3 mil toneladas de mandioca pela indústria de fécula, com crescimento de 26% frente à semana anterior. Para agentes da indústria, tem havido aumento na disputa pela matéria-prima entre empresas e dificuldades em manter a regularidade no processamento.

Entre 2 e 6 de abril, o preço médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 527,37 (R$ 0,9172 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), com avanço de 0,4% frente à média anterior.

 

Banana: oferta elevada pressiona cotações de nanica

A banana nanica se desvalorizou pela quinta semana consecutiva em Bom Jesus da Lapa (BA). Entre 2 e 6 de abril, a variedade teve média de R$ 0,65/kg na praça baiana, com recuo de expressivos 30% frente à média do período anterior.

Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a desvalorização está atrelada à maior oferta da fruta em outras regiões e pode resultar em rentabilidade unitária negativa para a nanica para boa parte dos produtores da cidade no fechamento mensal.

Vale destacar ainda que as cotações de Bom Jesus ficaram abaixo das do norte de Santa Catarina, região que costuma apresentar os menores preços no levantamento semanal do Hortifruti/Cepea.

 

Fonte: Cepea

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