Indicadores Cepea: melão, mandioca, milho e soja

Melão: falta de água eleva oferta de miúdos

A crise hídrica nas regiões brasileiras produtoras de melão tem afetado o calibre da fruta, resultando em maior volume de miúdos. Nesse cenário, os preços dos melões menores recuaram entre 23 e 27 de outubro, principalmente na Ceagesp, onde o acúmulo de miúdos aumentou.

Segundo atacadistas consultados pelo Hortifruti/Cepea, melões muito pequenos não são tão procurados por consumidores. Assim, em São Paulo, o melão amarelo dos tipos 11 e 12 foi vendido por R$ 18,00/caixa de 13 kg, preço 13% inferior ao da semana anterior.

 

Mandioca: em alta pela oitava semana, média supera R$ 635,00/tonelada

A oferta de mandioca segue reduzida em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, reflexo da falta de lavouras de segundo ciclo e do adiamento da colheita de raízes mais novas. Boa parte dos mandiocultores continua focada no plantio, enquanto outros seguem com os tratos culturais.

Além disso, as chuvas dos últimos dias dificultaram o avanço dos trabalhos no campo. Esse cenário, somado à demanda firme, principalmente por parte das empresas com estoques mais baixos e/ou com compromissos de entrega a cumprir, tem sustentado as cotações da matéria prima, cuja média já supera os R$ 635,00 a tonelada.

Entre os dias 23 e 27 de outubro, o preço médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 635,02 (R$ 1,1044 por grama de amido), com alta de 1,3% em relação à média do período anterior e à oitava alta consecutiva.

 

Milho: vendedores reduzem oferta e valores seguem em alta

As cotações do milho continuam subindo no mercado interno, devido à retração de vendedores, que acreditam em novas valorizações nas próximas semanas. Esse comportamento, por sua vez, está atrelado a incertezas quanto ao desenvolvimento da nova safra de verão de milho e de soja, e ao bom ritmo das exportações.

Nesse contexto, segundo colaboradores do Cepea, vendedores vêm postergando as negociações de grandes lotes, limitando os volumes ofertados. Compradores, por outro lado, estão mais ativos no mercado, visto que estão com estoques reduzidos.

Assim, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas/SP) subiu 5,7% no acumulado do mês, alcançando R$ 31,76/saca de 60 quilos na sexta-feira (27/10).

 

Soja: alta do dólar acelera negociações no Brasil

A forte alta do dólar nos últimos dias encorajou produtores brasileiros de soja a negociar novos lotes, já que a moeda norte-americana mais forte reduz os custos de importação do produto brasileiro (em dólar) e aumenta o preço recebido pelo vendedor (em reais), elevando a liquidez. A moeda norte-americana subiu 1,8% entre 20 e 27 de outubro, ficando cotada a R$ 3,2450 na sexta-feira (27/10).

Segundo colaboradores do Cepea, o aumento das negociações foi observado com maior intensidade para a safra 2017/18, para entrega a partir de março do próximo ano. Quanto aos preços, o Indicador da Soja Esalq/BM&FBovespa Paranaguá registrou alta de 1,4% entre os dias 20 e 27 de outubro, ficando a R$ 72,86/saca de 60 kg na sexta-feira. A média do Indicador Cepea/Esalq Paraná, por sua vez, subiu 1,8% no período, para R$ 67,82/saca no dia 27.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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