Indicadores Cepea: manga, suínos e boi

Manga: demanda enfraquecida pressiona cotações no atacado

As cotações da manga caíram neste início de junho no atacado paulistano (Ceagesp), refletindo a demanda enfraquecida. Segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, a queda nas temperaturas e a virada do mês, quando boa parte da população ainda não recebeu salário, foram os principais motivos para a menor procura pela fruta.

Entre 29 de maio e 2 de junho, a manga Palmer teve média de R$ 3,50/kg na Ceagesp, queda de 12,4% em relação à da semana anterior. Quanto à Tommy, fechou a semana com média de R$ 3,44/kg no atacado paulistano, recuo de 3,91% na mesma comparação. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br

 

Suínos: queda nas exportações eleva oferta doméstica

Com a redução dos embarques de carne suína entre abril e maio, a oferta do produto aumentou no mercado brasileiro, pressionando as cotações dos cortes e do suíno vivo.

Além disso, segundo pesquisadores do Cepea, as vendas no mercado interno estão desaquecidas, reduzindo ainda mais as cotações. Nesse cenário, a costela suína fechou a R$ 10,70/kg nessa quarta-feira, 7, no atacado do estado de São Paulo, forte queda de 6% entre 31 de maio e 7 de junho.

Para o suíno vivo posto no frigorífico, a média de negócios na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) foi de R$ 3,87/kg nessa quarta-feira, queda de 3,6% em sete dias.

 

Boi: média da arroba cai para menor patamar desde agosto de 2013

Os preços da arroba de boi gordo (Indicador Esalq/BM&FBovespa, Estado de São Paulo) continuam em queda, alcançando, na parcial de junho, a menor média real da série histórica do Cepea desde agosto de 2013, de R$ 130,86.

Conforme pesquisadores do Cepea, a queda nos valores da arroba é reflexo da associação entre diversos fatores, como a retenção de matrizes e o consequente aumento na produtividade, o menor consumo interno, devido às crises política e econômica no país, especulações referentes à operação Carne Fraca, que afastaram importadores do Brasil, e a volta da cobrança do Funrural.

Além disso, fatos relacionados a uma das mais importantes indústrias do setor têm redirecionado a oferta de animais para outras empresas, que passam a ter maior poder de negociação. Na quarta-feira (7), o indicador fechou a R$ 129,94, com queda de 2,05% nos últimos sete dias e o menor valor diário desde 6 de outubro de 2014 (R$ 129,60).

 

Fonte: Cepea/Esalq

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