Mamão: exportações seguem recordes na parcial de 2017
As exportações de mamão seguem em níveis recordes na parcial de 2017. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a baixa demanda pela fruta no mercado interno tem pressionado as cotações nacionais, aumentando o volume exportado no período.
Além disso, a disponibilidade da fruta aumentou em relação a de 2016, o que pode estar atrelado às altas dos preços no primeiro semestre de 2016 (que estimularam o cultivo) e ao retorno de chuvas frequentes nas principais regiões produtoras, elevando a produtividade.
Assim, entre janeiro e julho deste ano, o Brasil exportou 26.480 toneladas de mamão – volume 21% maior que o do mesmo período do ano passado, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em receita, as exportações de mamão totalizaram US$ 27.25 milhões, com aumento de 8% na mesma comparação.
Milho: indicador sobe mais de 6% e atinge o maior valor desde maio
O aumento da demanda e a resistência de produtores em negociar têm elevado os preços de milho na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, principalmente no mercado disponível (negociações entre empresas).
O Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas/SP) fechou a R$ 27,96/saca de 60 quilos na sexta-feira (18), o valor mais alto desde 19 de maio deste ano (em termos nominais), e elevação de expressivos 6,2% entre 11 e 18 de agosto.
Nesse contexto, compradores domésticos e exportadores precisaram elevar suas ofertas para efetivar negócios, influenciando, inclusive, no aumento dos prêmios de exportação, para compensar as quedas na Bolsa de Chicago e do dólar.
Soja: liquidez aumenta no Brasil, mas com preços mais baixos
Os preços da soja caíram no mercado interno nos últimos dias, refletindo as estimativas de aumento dos estoques de passagem da oleaginosa no país. Além disso, segundo colaboradores do Cepea, parte dos produtores, principalmente do Centro-Oeste, tem ofertado maiores volumes do grão, com o objetivo de liberar espaço nos armazéns para o milho.
Nesse cenário de aumento de oferta, tradings aproveitam para adquirir um maior número de lotes para completar cargas, visto que o ritmo das exportações esteve aquecido nas duas primeiras semanas de agosto, elevando a liquidez no mercado doméstico.
Apesar do movimento de baixa, a redução dos preços da soja no mercado interno foi limitada pela boa demanda externa, que impulsionou os prêmios de exportação no Brasil.
Entre 11 e 18 de agosto, o Indicador da Soja Esalq/BM&FBovespa Paranaguá registrou queda de 1,63%, fechando a R$ 69,48/saca de 60 kg no dia 18. O Indicador Cepea/Esalq Paraná recuou 0,75% no mesmo período, fechando a R$ 63,71/saca de 60 kg na sexta-feira.
Mandioca: volume processado é o menor desde a primeira semana do ano
As chuvas da última semana reduziram ainda mais a disponibilidade de mandioca para a indústria, levando muitas empresas a interromper a moagem. Nesse cenário, a quantidade de mandioca processada pela indústria de fécula foi de 7.900 toneladas, a menor desde a primeira semana deste ano.
Os bons índices pluviométricos, no entanto, podem favorecer os trabalhos de campo, cenário que pressionou os valores da raiz em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea. Entre 14 e 18 de agosto, o valor médio nominal a prazo para a tonelada da mandioca posta fecularia ficou em R$ 522,73 (R$ 0,9091 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), com queda de 0,4% em relação a média do período anterior.
Fonte: Cepea/Esalq