Indicadores Cepea: leite, algodão, arroz e café

Leite: cotações se estabilizam em altos patamares

Os preços do leite UHT e do queijo muçarela se estabilizaram em patamares elevados, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Entre 1º e 7 de julho, a média do UHT foi de R$ 3,34/litro e a do queijo muçarela, R$ 20,26/kg, com ligeiros aumentos de 0,53% e 0,11%, respectivamente, frente ao período anterior.

Segundo pesquisadores do Cepea, essa leve alta está atrelada ao elevado preço da matéria-prima no campo e também à baixa oferta. Segundo colaboradores, nas próximas semanas, os preços devem se manter ou recuar levemente, devido ao baixo consumo.

 

Algodão: preço recua mais de 5% na parcial de julho

A cotação da pluma tem registrado queda no mercado brasileiro, de acordo com o Cepea. No acumulado de julho (de 29 de junho a 10 de julho), o Indicador do Algodão em Pluma Cepea/Esalq, com pagamento em 8 dias, caiu 5,25%, fechando a R$ 3,4141/lp nessa terça-feira (10).

Pesquisadores do Cepea afirmam que o recuo está atrelado ao avanço da colheita de algodão, que elevou a disponibilidade do produto no mercado spot nacional.

Dados divulgados pela Conab nesta terça-feira indicam que a produção nacional 2017/18 poderá atingir 1.96 milhão de toneladas, com alta de 28,5% frente à safra anterior. A produtividade média pode ser de 1.671 kg/ha (+2,6%) e a área plantada de 1.176 milhão de hectares (+25,2%).

 

Arroz: preço atinge maior patamar nominal desde março de 2017

As cotações do arroz em casca seguem em alta no Rio Grande do Sul, de acordo com dados do Cepea. Nessa terça-feira, o Indicador Esalq/Senar-RS, 58% de grãos inteiros, fechou a R$ 41,56/saca de 50 kg, o maior patamar nominal desde 17 de março de 2017 (R$ 41,67/saca), com elevação de 2,14% na parcial de julho (de 29 de junho a 10 de julho).

A posição compradora de indústrias, especialmente locais, e de tradings para exportação, esteve mais evidente que a dos orizicultores – cenário que elevou as cotações. Para efetivar novas aquisições, boa parte dos compradores precisou aumentar suas ofertas. Indústrias, por sua vez, buscaram tanto os lotes de arroz depositado como os de arroz “livre” (armazenados nas propriedades rurais).

De acordo com colaboradores do Cepea, as negociações para os mercados atacadista e varejista dos grandes centros brasileiros e os embarques para exportação se mantêm em bom ritmo. Do lado vendedor, alguns orizicultores vendem apenas diante da necessidade de “fazer caixa”, enquanto outros estão capitalizados com as negociações de soja e/ou gado e até mesmo buscam o custeio da safra 2018/19.

 

Café: safra 2017/18 registra quedas nos preços de arábica e robusta

De modo geral, a temporada 2017/18 de café registrou baixas nos valores do arábica e especialmente do robusta,  segundo pesquisadores do Cepea. Para este último, após duas temporadas de seca, as chuvas ao longo de 2016 e 2017 permitiram a recuperação dos cafezais e o avanço da produção, fazendo com que os preços da variedade voltassem a ficar próximos dos R$ 330,00/saca.

Já para o arábica, apesar da menor produção na temporada passada, devido à bienalidade negativa dos cafezais, à incidência de broca e à menor peneira, os maiores estoques nos países compradores e a expectativa de uma safra 2018/19 volumosa pressionaram as cotações internas, mas em menor intensidade que as de robusta.

Quanto à nova temporada, iniciada oficialmente neste mês de julho, a colheita segue em bom ritmo no Brasil, de acordo com informações do Cepea. Para o robusta do Espírito Santo, o volume colhido já ultrapassava os 60% do total até a última semana. Quanto ao arábica, até o momento, as regiões mais avançadas nas atividades são o noroeste do Paraná e Garça (SP), com respectivos 60% e 50% colhidos.

 

Fonte: Cepea

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