Indicadores Cepea: frango, ovos e citros

Frango: exportação cresce em março e oferta interna ainda supera demanda

Após cinco meses de lentidão nos embarques brasileiros, o volume de carne de frango in natura enviada ao exterior se recuperou em março, superando as remessas de fevereiro e voltando aos patamares de setembro de 2017. A quantidade exportada de carne industrializada também cresceu no período.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em março, os embarques totais (in natura e industrializada) somaram 367,68 mil toneladas, com incremento de 20,8% frente a fevereiro, mas com pequena queda de 1,9% em relação a março de 2017.

Mesmo com maior volume de embarques, a oferta interna de carne de frango ainda é maior que a demanda – fator que tem pressionado os preços há cinco meses, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Nesta primeira quinzena de abril, o maior consumo por conta da entrada dos salários motivou alguns reajustes pontuais nas cotações.

 

Ovos: após bom desempenho no início do ano, exportação recua em março

As exportações brasileiras de ovos in natura, que apresentaram ligeira recuperação no início do ano, voltaram a recuar em março. De acordo com pesquisadores do Cepea, a redução do volume exportado esteve atrelada à maior atratividade do mercado interno, que registrou alta de preços no mês passado, impulsionados pela Quaresma.

Em março, a procura por ovos aumentou, enquanto a oferta esteve limitada, principalmente de ovos vermelhos, o que elevou as cotações. Com o fim da Quaresma, em 29 de março, os preços dos ovos comerciais cederam, permanecendo estáveis em baixos patamares nesta primeira quinzena de abril.

 

Citros: oferta elevada pressiona cotação de precoces e pera temporã

Pesquisas do Cepea indicam que os preços das laranjas precoces e pera temporã caíram de 9 a 12 de abril, devido à maior disponibilidade dessas variedades. Com o ritmo de processamento industrial reduzido, a venda das laranjas precoces tem ocorrido exclusivamente para o mercado in natura.

Dentre as principais variedades precoces comercializadas em São Paulo, a hamlin se desvalorizou em 1% na parcial da semana (de segunda a quinta-feira), fechando a R$ 21,99/caixa de 40,8 kg, na árvore, em média. Já no caso da pera, a média do período é de R$ 32,06/caixa de 40,8 kg, na árvore, com leve recuo de 0,8% em relação à semana anterior.

Em relação à lima ácida tahiti, o mercado esteve mais calmo nos últimos dias. Porém, por causa da alta das cotações nas duas semanas anteriores, produtores consultados pelo Cepea seguem controlando o ritmo de colheita, com o objetivo de manter as cotações firmes. Nesse cenário, a fruta registra média de R$ 18,57/caixa de 27 kg, colhida, com elevação de 6,1% em relação à anterior.

 

Fonte: Cepea

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