Frango: movimento de preços da carne é distinto entre regiões
Neste início de março, o comportamento dos preços internos da carne de frango está distinto entre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Se de um lado o consumo limitado continua pressionando as cotações em algumas localidades, de outro, o controle na quantidade de aves abatidas no período reduziu os estoques, impulsionando os valores, indicam analistas do centro de pesquisas.
Na quinta-feira (9), o preço médio do frango inteiro congelado no atacado do Estado de São Paulo foi de R$ 3,90/kg, com alta de 0,52% sobre a quinta anterior. Para o frango inteiro resfriado, o preço subiu 2,73% em uma semana, indo para R$ 3,76/kg na quinta-feira.
Ovos: preços iniciam quaresma em alta
Os preços dos ovos voltaram a reagir nesta segunda semana de março, segundo dados do Cepea. Os valores foram impulsionados principalmente pela demanda mais aquecida com o início do período de Quaresma. Por tradição, a comercialização de ovos aumenta neste período, considerado promissor para os avicultores.
Além disso, de acordo com pesquisadores do Cepea, a oferta ainda restrita, devido aos descartes de poedeiras no início do ano, reforça o movimento de alta das cotações. De 2 a 9 de março, o preço da caixa de 30 dúzias do ovo tipo extra branco a retirar em Bastos subiu 1,4%, fechando a R$ 88,71 na quinta-feira (9).
Para o produto posto na Grande São Paulo, o preço dessa quinta foi de R$ 94,49 – reação de 1,5% na semana. Para o ovo tipo extra vermelho, a retirar em Bastos, a alta foi de 1,7% na semana, a R$ 105,17/caixa no dia 9. O produto vermelho posto na Grande São Paulo fechou a R$ 110,72/caixa – 2,5% superior à média do dia 2.
Cebola: vendas aumentam em Santa Catarina, mas preços variam pouco
Nesta semana (6 a 10) a comercialização de cebola foi mais intensa nas praças de Ituporanga e Lebon Régis (SC). Apesar da pequena variação dos preços em relação à semana passada, as vendas foram mais expressivas. Contudo, o volume ainda elevado impede a valorização da hortaliça.
Em Ituporanga, o preço médio da crioula foi de R$ 16,40/saca de 20 kg da caixa 3 beneficiada, e em Lebon Régis, R$ 15,50/saca de 20 kg. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, o preço pode reagir na próxima semana, porém ainda deve permanecer em patamares baixos.
Maçã: aumento da procura por gala eleva as cotações
Nesta semana, a melhora nas vendas da maçã gala colaborou para a recuperação dos preços, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. Na Ceagesp, a gala graúda Cat 1 subiu 3%, sendo comercializada à média de R$ 64,29/caixa de 18 kg. Na região de Fraiburgo (SC), a maçã gala graúda Cat 1 teve um leve aumento de 1% em comparação à semana anterior, com média de R$ 53,50/caixa de 18 kg.
Já na região de São Joaquim (RS), o preço médio de R$ 48,80/caixa de 18 kg não teve variações na mesma comparação. A firmeza dos preços da maçã pode estar relacionada ao aumento na demanda pela fruta, que até então, era muito inferior ao volume ofertado pelos maleicultores, de acordo com agentes do setor.
Melão: cotações do Vale do São Francisco sobem 17%
Alguns produtores da região do Vale do São Francisco (Bahia/Pernambuco) diminuíram o volume de comercialização de melão nesta semana, devido ao menor ritmo de colheita. A redução dos envios da fruta para os centros de comercialização aconteceu devido ao adiamento da colheita de algumas lavouras em função das chuvas.
Para tirar o melão do campo, será necessário que as frutas “sequem” mais, segundo alguns colaboradores do Hortifruti/Cepea. Com menor volume no mercado, o melão amarelo do Vale do São Francisco dos tipos 6 e 7 posto em São Paulo (Ceagesp) se valorizou 17% nesta semana, fechando, em média, a R$ 22,75/caixa de 13 kg. Para a próxima semana, a expectativa é de maior volume de negociações na região.
Melancia: preço sobe até 18,5% no atacado
As cotações da melancia na Ceagesp registraram nova alta esta semana. A valorização da fruta ocorreu em função da redução da oferta nas regiões produtoras de Teixeira de Freitas (BA) e Bagé (RS) e pela demanda firme, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea.
A melancia graúda (mais de 12 kg) foi negociada, em média, por R$ 1,60/kg, valor 18,5% maior nesta semana do que na passada. Para os próximos sete dias, a expectativa é de leve queda nos preços, devido ao início da colheita em Oscar Bressane (SP), além da demanda no atacado que pode diminuir diante dos preços altos.
Banana: cotações da nanica caem em Bom Jesus da Lapa (BA)
As cotações da banana caíram nesta semana em Bom Jesus da Lapa (BA), tanto para a nanica quanto para a prata anã. Segundo produtores, a queda mais acentuada nas cotações da banana nanica se deve ao preço mais baixo da variedade nas outras praças produtoras. Sendo assim, o preço caiu para se tornar mais competitivo.
A nanica foi comercializada em média a R$ 1/kg, com queda de 18% frente à última semana. Para a prata, produtores relataram que o mercado não está tão aquecido, por isso houve queda de 3% no preço em relação à última semana. Nesta semana, a prata foi comercializada em média a R$ 2,01/kg.
Uva: preços seguem firmes nos mercados atacadistas
Nesta semana, os preços da uva na Ceagesp seguiram em altos patamares. Questões como qualidade foram mais pontuais, mas a procedência influenciou de modo mais expressivo nas cotações. As uvas finas do Vale do São Francisco (Pernambuco/Bahia) foram comercializadas entre R$ 5,75/kg e R$ 6,25/kg; já as de Pilar do Sul, São Miguel Arcanjo e Campinas, todas em São Paulo, estiveram cotadas entre R$ 4,50/kg e R$ 5/kg.
Atacadistas acreditam que os valores firmes estão ligados à oscilação da oferta, devido à colheita escalonada nas regiões produtoras paulistas. A maior participação das uvas do Vale do São Francisco também contribuiu para os preços altos, já que as frutas desta região são mais valorizadas frente às outras praças. A tendência é que essa situação se mantenha, até a entrada de outras regiões produtoras, de modo mais significativo no mercado.
Citros: menor oferta de tahiti eleva preço da fruta em SP
A menor oferta de lima ácida tahiti no Estado de São Paulo tem impulsionado os valores da fruta nesta semana. Pesquisadores do Cepea indicam que, além do grande volume destinado às processadoras ao longo de fevereiro, a redução da colheita da variedade (que, neste mês, ainda não atingiu o estágio demandado pelo mercado de mesa) limitou a disponibilidade em São Paulo.
Na parcial da semana, a tahiti foi comercializada a R$ 17,05/caixa de 27 kg, colhida, com elevação de 9,2% frente à anterior. Para os próximos dias, colaboradores do Cepea apostam na manutenção das cotações. Já as exportações da fruta, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), totalizaram 8.500 toneladas em fevereiro, o maior volume embarcado para este mês em toda a história. Frente ao mesmo período do ano passado, a elevação é de 2,4%.
Mais informações: www.hfbrasil.org.br
Fonte: Cepea/Esalq