Indicadores Cepea: frango, citros, mamão, melancia e maçã

Frango: preço da carne segue em queda no Brasil

Com baixa procura interna por carne de frango no atacado, as cotações da proteína seguem em queda na maioria das praças pesquisadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Entre 23 e 30 de março, a carne resfriada se desvalorizou 1,4% na Grande São Paulo, para R$ 3,64/kg na quinta-feira (30). Para o frango inteiro congelado, a queda de 2,3% de 23 a 30 de março levou o preço médio para R$ 3,75/kg também na Grande São Paulo.

Quanto às exportações, segundo pesquisadores do Cepea, apesar das especulações por conta da Operação Carne Fraca, os embarques brasileiros de carne de frango devem encerrar março em alta, reforçada pela recente reabertura de importantes países compradores. Além disso, o fato de o Brasil ser o maior exportador mundial de carne de frango faz com que muitos países dependam da produção avícola nacional, principalmente no atual momento, em que diversos compradores seguem com casos de influenza aviária.

 

Citros: mercados da laranja e da lima tahiti seguem desaquecidos

O mercado de laranja in natura continua enfraquecido no Estado de São Paulo. Conforme pesquisadores do Cepea, o grande volume de precoces ainda verdes tem limitado uma reação nas cotações da fruta, cenário que se agravou após a queda das temperaturas e a chegada do fim do mês – fatores que normalmente desaquecem a demanda.

Na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), a laranja pera teve média de R$ 39,12/caixa de 40,8 kg, na árvore, com queda de 4% em relação à semana passada. Quanto à lima ácida tahiti, o mercado também segue desaquecido, tanto pelo fraco ritmo de vendas quanto pelo volume elevado de frutas da segunda florada, que começaram a ser colhidas em março. Na parcial desta semana, a tahiti registrou média de R$ 13,34/caixa de 27 kg, colhida, com queda de 8,8% em relação à semana anterior.

 

Mamão: formosa se desvaloriza 26% no atacado

Nesta semana (27 a 31), o preço do mamão caiu na Ceagesp, devido à redução do consumo neste fim de mês. Apesar da entrada limitada de frutas nos boxes, a restrição orçamentária dos consumidores neste período foi maior, ocasionando competição entre o mamão e frutas mais baratas. Além disso, relataram maior entrada de mamões verdes e miúdos, travando ainda mais a comercialização.

Segundo atacadistas consultados pelo Hortifruti/Cepea, a variedade mais desvalorizada foi o formosa, que fechou a semana a R$ 20,83/caixa de 13 kg – valor 26% abaixo da semana anterior. Nas regiões produtoras também foi observado uma leve queda de preços para essa variedade.

 

Melancia: demanda limitada pressiona preços

As melancias das regiões produtoras de Teixeira de Freitas (BA), Marília e Itápolis (SP) não registraram boa saída nesta semana (27 a 31), apesar da baixa oferta nas regiões. Mesmo com a produção em ritmo mais lento, a baixa demanda por melancias, que desacelerou o mercado nas últimas semanas, provocou um acúmulo de frutas na lavoura, derrubando os preços nas regiões produtoras.

As cotações da melancia graúda (com mais de 12 kg) na lavoura tiveram médias de R$ 0,55/kg na Bahia e R$ 0,53/kg no interior paulista, com recuo de 26% e 30%, respectivamente, nesta semana sobre a anterior. Até o momento, a perspectiva é de mercado sem muitas alterações, até que as temperaturas voltem a subir, ou até que haja redução na oferta.

 

Maçã: preços em queda e mercado lento marcam mês de março

A redução nas cotações e a baixa demanda foram as protagonistas do setor da maçã em março. Em Fraiburgo (SC), a média das cotações da gala graúda Cat 1 foi R$ 49,78/caixa de 18 kg no mês – valor 20% menor quando comparado a fevereiro. Já em São Joaquim (SC), a desvalorização foi 11%, registrando média de R$ 50,65/caixa de 18 kg no mesmo comparativo.

O mercado nesta última semana do mês continuou lento, e os preços médios da gala nas regiões produtoras do Sul do país continuaram em queda no período (27 a 31). Compradores argumentam que os estoques das frutas acumuladas durante o mês devem ser vendidos antes de novos carregamentos, de acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea. A expectativa é de que as vendas aumentem no mês de abril.
Mais informações no site www.hfbrasil.org.br

 

Fonte: Cepea/Esalq

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