Indicadores Cepea: frango, citros, cenoura, melão, banana e melancia

Frango: início de mês favorece reação dos preços da carne

Os preços da carne de frango tiveram reajustes positivos ou se mantiveram estáveis nos últimos dias. Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o período de início de mês, com o recebimento dos salários, foi o que mais contribuiu para a melhora da liquidez no mercado doméstico.

Entre 6 e 13 de julho, o frango inteiro congelado se valorizou 1,3% em Pará de Minas (MG), com o quilo da carne passando para a média de R$ 3,96 na quinta-feira (13). Em Porto Alegre (RS), o produto se manteve estável, a R$ 4,49/kg. Quanto ao frango resfriado, houve alta de 0,9% na praça mineira, a R$ 3,67/kg. Na região sul-rio-grandense, o valor do frango resfriado também permaneceu estável, a R$ 4,63/kg.

 

Citros: demanda enfraquecida pressiona preços da laranja

A demanda por laranja in natura se enfraqueceu ainda mais nos últimos dias, em decorrência das temperaturas mais amenas no Estado de São Paulo e do período de férias escolares. Assim, a média de comercialização da pera, na parcial da semana (segunda a quinta-feira), fechou a R$ 15,86/caixa de 40,8 kg, na árvore, com queda de 1,4% em relação ao período anterior.

As compras limitadas também se estendem ao segmento industrial. Com os recebimentos de frutas contratadas, as processadoras paulistas têm negociado pouco na modalidade spot, motivadas principalmente pela maturação ainda fora da ideal para algumas frutas, principalmente as de meia-estação. Assim, os preços oferecidos seguem entre R$ 16,00 e R$ 18,00/caixa de 40,8 kg, colhida e posta, para as precoces, e de R$ 18,00 a R$ 20,00/caixa para as frutas de meia-estação.

 

Cenoura: queda de oferta eleva preço em Minas Gerais

Os preços da cenoura aumentaram 36,5% nesta semana (10 a 14), em São Gotardo (MG). A caixa de 29 kg da raiz “suja” foi comercializada a R$ 15,83 na média, 34,7% acima das estimativas de custos de produção. O aumento das cotações foi ocasionado pela proximidade do fim da safra de verão, pois julho é o último mês de safra, quando são colhidos apenas 5% da área total. Com isso, a redução no volume disponível elevou as cotações da raiz.

Além disso, a temporada de inverno estava prevista para iniciar já neste mês. No entanto, a maioria dos produtores não deve seguir o calendário, iniciando a colheita apenas em agosto. Com isso, a tendência é que a oferta das raízes diminua ainda mais nas próximas semanas, até a finalização do verão. Contudo, em agosto, início da temporada de inverno, a oferta de cenouras pode voltar a se elevar.

 

Melão: aumento da colheita no Rio Grande do Norte e Ceará resulta em nova queda

Nesta semana (10 a 14), um aumento na colheita de melões do Rio Grande do Norte/Ceará resultou em uma maior oferta e nova queda dos preços no mercado interno. Contudo, a intensificação da safra 2017/18 deve ocorrer somente em agosto, com o início do período das exportações. Além disso, o mercado de melão seguiu fraco nas regiões consumidoras, principalmente em São Paulo, devido ao clima mais ameno.

Segundo atacadistas, o clima tem grande impacto na comercialização de frutas consideradas refrescantes e, por isso, a demanda por elas diminui no período de inverno. Também houve relatos de que calibres menores ainda são mais ofertados.

Com isso, o amarelo tipo 6 e 7 foi comercializado a R$ 23,55/caixa de 13 kg na Ceagesp, com queda de 3% em relação a semana anterior. Já no RN/CE, o amarelo foi vendido a R$ 20,00/caixa, com queda de 7% na mesma comparação. Para a próxima semana, expectativas apontam para a manutenção ou queda das cotações, devido à limitada procura por frutas na segunda quinzena do mês. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Banana: preço da nanica cai 39% em Santa Catarina

Um maior volume de banana nanica foi observado nas roças catarinenses nas últimas semanas, segundo relato de produtores. Com oferta elevada, o preço médio pago ao produtor da região, nesta semana (10 a 14), foi de R$ 0,32/kg, com queda de 39% em relação as cotações da semana anterior.

A variedade não registrava preço tão baixo desde maio de 2016, quando foi negociada a R$ 0,24/kg. Porém, este não foi o único fator responsável pela grande queda das cotações. A qualidade da banana, que em algumas roças continua comprometida, também afetou a comercialização.

Colaboradores consultados pelo Hortifruti/Cepea relataram que o preço de venda, muitas vezes, não cobre os custos de produção da fruta, principalmente quando a oferta está alta e a procura é enfraquecida, como ocorreu nesta semana.

O volume da nanica deve continuar elevado nas roças, em média, até o final de agosto. Já o preço, até pode ter leve recuperação, mas não deve registrar grandes variações até lá. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Melancia: preços caem nas regiões produtoras

As cotações da melancia nas lavouras goianas e tocantinenses registraram queda nesta semana (10 a 14), devido à leve intensificação da oferta na região de Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia (TO), segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. Além disso, a diminuição do ritmo de vendas (devido aos altos preços da semana passada) também contribuiu para a desvalorização da fruta.

A melancia graúda (>12 kg) ficou em média a R$ 0,74/kg no Tocantins e a R$ 0,81 em Uruana (GO), com quedas de 14,6% e 18,7%, respectivamente. Para a próxima semana, a previsão é de aumento pouco significativo na oferta em Lagoa da Confusão (TO) e manutenção do volume em Uruana (GO), o que pode manter os preços em patamares semelhantes. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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