Indicadores Cepea: etanol, trigo, açúcar e manga

Etanol: hidratado está mais competitivo que gasolina pela 1ª vez nesta safra

Mesmo com o forte recuo no preço do etanol nas usinas, o reflexo nas bombas ainda é pequeno, mas já suficiente para aumentar a competitividade do biocombustível frente à gasolina pela primeira vez nesta safra. Dados da ANP mostram que, na semana de 14 a 20 de maio, a relação entre o etanol e a gasolina C foi de 69,6% em São Paulo. Nas usinas, no acumulado da safra 2017/18, o recuo do Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado (Estado de São Paulo) é de 6,5%.

Na semana passada, especificamente, algumas usinas saíram do mercado por conta da previsão de chuvas para o final do período, o que de fato ocorreu, e poderia sustentar os preços. Porém, a necessidade de caixa neste início de safra pesou mais no balanço da semana.

Com isso, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou a R$ 1,3871/litro (sem ICMS e sem Pis/Cofins) na semana passada, recuo de 2,26% frente ao do período anterior. No caso do anidro, os volumes negociados no spot continuam altos, já que nem todos os contratos foram efetivados ainda. De 15 a 19 de maio, o Indicador Cepea/Esalq do etanol anidro foi de R$ 1,6132/litro (sem Pis/Cofins), praticamente estável (+0,08%) em relação ao anterior.

 

Trigo: com alta do ICMS do RS para o Sudeste, farinha se desvaloriza

Os preços das farinhas, que estavam em alta na primeira quinzena de maio, passaram a cair na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. A pressão veio da elevação do crédito presumido do ICMS (Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do Rio Grande do Sul para venda de derivados ao Sudeste.

Conforme pesquisadores do Cepea, o decreto prevê que indústrias que venderem ou transferirem derivados aos estados de São Paulo, de Minas Gerais ou do Rio de Janeiro podem se apropriar de um crédito presumido equivalente a 10% do valor das saídas, que, por sua vez, estão sujeitas a alíquota de 12% do imposto. Com o crédito presumido, as empresas sul-rio-grandenses podem negociar o derivado a um preço inferior, mas que, ainda assim, pode implicar em receita maior.

 

Açúcar: cotações têm forte alta no exterior, mas seguem estáveis no Brasil

Os preços do açúcar demerara estão em alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures), impulsionados pela valorização do petróleo, no dia 15 de maio, Rússia e Arábia Saudita comunicaram a prorrogação de um acordo que visa reduzir a produção da commodity.

Com a matéria-prima mais cara, o preço da gasolina poderia aumentar, o que, por sua vez, estimularia o consumo de etanol, elevando a participação do biocombustível no mix de produção e diminuindo a exportação do açúcar brasileiro. A alta externa, no entanto, não elevou os preços domésticos do açúcar cristal, que seguem estáveis, na casa dos R$ 76,00/saca de 60 kg desde 4 de maio.

No mercado spot paulista, conforme colaboradores do Cepea, a oferta de açúcar cristal cor Icumsa 150 continua baixa. Devido às chuvas dos últimos dias, algumas usinas interromperam a moagem e ficaram fora do mercado. De 15 a 22 de maio, o Indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal, cor Icumsa entre 130 e 180, subiu 1%, fechando a segunda-feira a R$ 76,89/saca de 50 kg.

 

Manga: com queda na temperatura, demanda recua na Ceagesp

Os preços da manga Palmer caíram no atacado paulistano na última semana, pressionados pela demanda enfraquecida. Segundo agentes do setor consultados pelo Hortifruti/Cepea, as temperaturas mais baixas no período diminuíram a procura pela fruta, que apresentava bons estoques na Ceagesp.

Para a Tommy, os preços não recuaram, já que o volume da variedade está reduzido nas prateleiras. Entre 15 e 19 de maio, as médias de preço das variedades Palmer e Tommy foram de R$ 3,54/kg e de R$ 3,39/kg, queda de 5% e alta 4%, respectivamente.

Confira mais informações no site www.hfbrasil.org.br

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp