Indicadores Cepea: etanol, algodão e arroz

Etanol: volume do hidratado negociado em agosto é o maior da safra 2020/21

Em agosto, o volume de etanol hidratado comercializado foi o maior da temporada 2020/21 (que se iniciou oficialmente em abril), segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Na comparação com julho, o aumento foi de 20,60%, porém, em relação a agosto de 2019, houve queda de 12,70%. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário reflete a flexibilização da quarentena em diversas regiões do País, o que elevou o consumo de etanol.

Além disso, nas bombas, os preços do biocombustível seguem mais vantajosos do que os da gasolina, também influenciando a demanda pelo produto.

Com relação aos preços, a média do Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado nas semanas cheias de agosto foi de R$ 1,7184/litro, com alta de 4,99% na comparação com as semanas cheias de julho. Para o Indicador Cepea/Esalq do etanol anidro, a alta foi de 5,08%, com média de R$ 1,9509/litro no spot.

 

Algodão: indicador registra a maior alta mensal desde janeiro de 2016

Vendedores permaneceram firmes quanto aos preços pedidos no mercado de algodão em pluma em agosto. Mesmo assim, novos negócios foram registrados no spot, devido à necessidade das indústrias em repor estoques. A maioria, no entanto, envolveu volumes pequenos, de modo geral.

Com a retomada gradual da economia, indústrias precisam repor estoques da matéria-prima, uma vez que, tradicionalmente, optam por comprar conforme a necessidade e em períodos de maior oferta.

Do lado vendedor, produtores seguem priorizando o cumprimento de contratos a termo, especialmente para exportação, aproveitando a rentabilidade mais atrativa. Entretanto, a recuperação dos preços internos contribuiu para reduzir a diferença entre os valores domésticos e a paridade de exportação.

De 31 de julho a 31 de agosto, o Indicador do Algodão em Pluma Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, registrou alta expressiva de 16%, fechando a R$ 3,3110 em 31 de agosto. Esta é a maior variação mensal desde janeiro de 2016, quando o indicador subiu 16,91%.

A média de agosto foi de R$ 3,0949/lp, 12,2% acima da de julho de 2020 e 25,47% maior que a de agosto de 2019. Em termos nominais, é a maior média desde setembro de 2018 (R$ 3,1887/lp).

 

Arroz: indicador tem forte alta e se aproxima dos R$ 100,00/saca

O Indicador do Arroz Esalq/Senar-RS, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, fechou a R$ 99,57/saca de 50 kg nessa terça-feira, 1º de setembro, um novo recorde real na série histórica do Cepea e com expressivo aumento de 12,50% em relação à última terça-feira (25/8). Na parcial do ano, a valorização é de 107,26%.

Segundo colaboradores do Cepea, as altas estão atreladas à forte retração dos vendedores, visto que a oferta do cereal está baixa e inferior à demanda.

Além disso, nos últimos dias, a diferença entre os preços do arroz “livre” (nos armazéns das propriedades rurais) e os do depositado nas beneficiadoras diminuiu, devido ao maior aumento no preço médio do arroz depositado em relação ao verificado para o produto “livre”.

Esse movimento foi notado com mais intensidade nessa terça-feira, refletindo a forte retração de produtores, já que algumas empresas ofertaram praticamente o mesmo preço de compra para os dois tipos de arroz.

 

Cepea

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