Indicadores Cepea: cebola, cenoura, frango, citros, uva, manga, maçã, melancia e melão

Cebola: cotações recuam com leve aumento de volume no Nordeste

Nesta semana (16 a 20/10), as cotações caíram na maioria das praças produtoras de cebola pesquisadas pelo Hortifruti/Cepea. Um dos motivos para a desvalorização do bulbo pode ter sido o leve aumento do volume na região nordestina de Irecê (BA), que deve se elevar gradativamente até novembro.

Além disso, produtores relataram dificuldade de escoamento da produção no mercado. Assim, os preços em Irecê ficaram na média de R$ 0,63/kg na roça – 15,6% menores em relação à semana anterior. No Vale do São Francisco, as cotações fecharam em 0,60/kg, com 20% de queda. Para as próximas semanas, como o volume no Cerrado deve se reduzir, as expectativas são de manutenção nos preços das regiões. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Cenoura: oferta diminui ainda mais em Minas

O preço da cenoura registrou novo aumento na região de São Gotardo (MG) nesta semana (16 a 20/10). Segundo os colaboradores do projeto Hortifruti/Cepea, o motivo da valorização foi a redução da oferta em relação à da semana passada.

As raízes que estão sendo colhidas foram as mais afetadas pela seca da região, que vem ocorrendo desde agosto e permanece preocupante, uma vez que as expectativas de chuva para essa semana não se concretizaram. Desta forma, as cenouras permanecem mais tempo na lavoura e o volume disponível para comercialização diminuiu.

Além disso, a redução de área que ocorreu neste inverno também contribuiu para a melhor rentabilidade dos produtores. As cotações tiveram média de R$ 24,17/caixa para a cenoura “suja” – 20,8% superior à da semana passada, enquanto a produtividade caiu 6% em relação à da semana passada, com média de 81 toneladas por hectare. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Frango: demanda firme mantém preços em alta

A firme demanda interna e externa por carne de frango, os embarques em alta e os baixos estoques dessa proteína estão elevando as cotações dos produtos da avicultura de corte neste último quadrimestre de 2017. Especificamente de 12 a 19 de outubro, os preços do frango inteiro congelado e resfriado subiram em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Quanto aos cortes, os preços da maioria dos produtos também se elevaram na capital paulista. Na Grande São Paulo, o produto congelado se valorizou 3% nos últimos sete dias, a R$ 3,84/kg na quinta-feira (19/10). O resfriado, por sua vez, teve média a R$ 3,72/kg e alta de 0,8% no mesmo período. No mercado de cortes resfriados, também na região paulista, o valor da tulipa teve o aumento mais expressivo: de 3,6%, a R$ 9,76/kg na quinta-feira.

 

Citros: menor qualidade pressiona preço da pera; tahiti registra alta

As laranjas disponíveis no mercado de mesa têm apresentado qualidade inferior à demandada pelo segmento, cenário que tem pressionado levemente as cotações.

Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a laranja pera teve média de R$ 19,94/caixa de 40,8 kg, na árvore, com leve recuo de 1% frente ao período anterior. No caso da lima ácida tahiti, as cotações oscilaram nos últimos dias.

Conforme colaboradores do Cepea, a tahiti entrou no mercado de mesa ainda miúda, colhida na semana em que os preços atingiram o pico de negociação do ano (de até R$ 100,00/caixa).

Com a dificuldade de escoamento, porém, citricultores teriam interrompido novamente a produção, impulsionando os preços no decorrer da semana. Entre 16 e 19 de outubro, a média da variedade foi de R$ 72,28/caixa de 27 kg, colhida, com recuo de 4% em relação ao período anterior.

 

Uva: baixa oferta alavanca preços da Red Globe

Os preços médios da Red Globe continuaram em bons patamares nesta semana (16 a 20/10), no Vale do São Francisco (BA/PE), mas as uvas brancas sem sementes não seguiram o mesmo ritmo.

A escassez de produção da variedade Red Globe neste período tem impulsionado as cotações, que ficaram na média de R$ 6,53/kg, preço 3,5% superior ao da semana passada. A boa qualidade da fruta tem permitido bons preços também no atacado, onde compete com a Red Globe importada.

No caso das uvas brancas sem sementes, a oferta de frutas com qualidade inferior (que seriam destinadas ao mercado externo, mas não atingiram os padrões), está alta. Essa situação, portanto, tem pressionado os preços.

Nesta semana, a média das uvas brancas sem sementes embaladas no Vale foi de R$ 7,05, com queda de 1,6% em relação a semana passada. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Manga: Tommy volta a reagir a nível nacional

Por mais uma semana, as cotações da manga Tommy aumentaram nas regiões produtoras. Segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, a recuperação rápida nos preços da Tommy tem grande influência da redução do volume.

No Vale do São Francisco (PE/BA), além da exportação da variedade, já é relatado menor volume para colheita. Em Livramento não está sendo diferente: as atividades estão desaceleradas desde a semana passada, contribuindo para a diminuição da oferta da fruta. Além disso, o atacado registra boas vendas, possibilitando a elevação das cotações.

Com isso, nesta semana (16 a 20/10), a Tommy foi comercializada à média de R$ 1,07/kg no Vale, com alta de 24% em relação à semana passada. Em Livramento, o aumento foi ainda mais expressivo na mesma comparação: 58%, sendo a variedade vendida à média de R$ 0,88/kg.

Na Ceagesp, considerando a análise deste mesmo período, a Tommy foi vendida a preços 33% superiores, ficando na média de R$ 3,00/kg. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Maçã: gala graúda se valoriza em todas as regiões produtoras

De 16 a 20 de outubro, a maçã gala graúda cat 1 teve aumento generalizado em suas cotações. Na região de São Joaquim (SC), a valorização foi de 4%, fechando à média de R$ 52,86/caixa de 18 kg.

Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a variedade vem registrando aumento gradual dos preços há algumas semanas, devido à boa pressão de polpa, bem como à falta de senescência e de rachaduras. A saída de parte dos ofertantes do mercado continua contribuindo para a valorização da gala. Porém, espera-se que o aumento dos preços até o final do ano não seja tão significativo.

Isso porque a qualidade da fruta pode diminuir nos próximos meses, em função do maior tempo de armazenamento e da menor resistência em relação à fuji. Nesta semana, as vendas estiveram mais retraídas em função da aproximação do final do mês. Contudo, em outubro, devem atingir a média mensal esperada. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Melancia: oferta em Goiás deve diminuir na próxima semana

Nesta semana (16 a 20/10), a ainda significativa oferta em Uruana (GO) ficou estável frente à semana anterior. Contudo, uma ligeira redução deverá ocorrer a partir da próxima semana, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, devido à aproximação do período de fim de safra, previsto para novembro.

Com a estabilidade na oferta, os preços pouco se alteraram na região: a melancia graúda (>12 kg) esteve em média por R$ 0,39/kg – aumento de apenas 1% em relação à semana passada.

Mesmo com a diminuição de oferta, não há previsão de grandes alterações nos preços devido à previsão de tempo chuvoso na região Sudeste (principal centro consumidor), o que poderá diminuir a demanda no período. Além disso, a oferta paulista tende a continuar firme, limitando valorizações. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Melão: com acúmulo de frutas, preços caem na Ceagesp

De 16 a 20 de outubro, apesar do clima mais favorável ao consumo, a procura por melões seguiu reduzida no atacado de São Paulo. Com isso, as frutas se acumularam nos boxes, aumentando os estoques, principalmente do melão amarelo.

Houve relatos, ainda, de que alguns atacadistas diminuíram a compra da fruta para evitar sobras, resultando em acúmulo nas roças. Além disso, a entrada de frutas de caroço (como pêssego e nectarina) também tem limitado a comercialização de melão, ainda que o maior volume dessas frutas seja esperado para meados do próximo mês.

Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, o melão amarelo tipo 6 e 7 foi cotado à média de R$ 24,71/caixa de 13 kg, com redução de apenas 1% em relação às cotações da semana anterior, para esta variedade. Os menores calibres foram os mais desvalorizados, devido à maior entrada na semana.

Já as variedades nobres foram valorizadas ou se mantiveram em bons patamares de preços, visto a sua menor disponibilidade. O Orange, por exemplo, foi vendido a R$ 15,33/caixa de 6 kg, estável no mesmo período de comparação. Como o volume de melão deve se manter, maiores valores são esperados apenas se houver aumento da procura. Mais informações no site www.hfbrasil.org.br.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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